Minha paciência está por um fio. Não saber quando isso acaba e não conseguir acabar com nenhuma das atividades planejadas está me deixando irritada.
Sim, estou fazendo várias das minhas atividades de trabalho, mas deveria avançar mais. É terrível aguentar a gritaria pedindo colo enquanto preciso ler e avaliar um texto complexo. Atendi mais duas reuniões e adiantei uma proposta de texto. Queria ter terminado alguma coisa.
A comida não está acabando, não estou precisando comprar nada nem de desculpa para sair de casa.
A menor já não está comendo tão bem apesar de ter crescido bastante no último mês. O sono dela ainda nos desgasta muito.
E a maior simplesmente resolveu que só quer curtir a vida e não se compromete com mais nenhuma atividade: ler, jogar, estudar. Só assistir televisão ou brincar. Quando está brincando com a irmã está bom, mas quando não está ficamos doidos.
Consegui pagar as minhas contas. Continuam sendo muitas, mas devemos conseguir economizar em combustível e comer fora. Também não compramos roupas, livros ou presentes.
Não estou conseguindo ler os blogs que havia me comprometido. Mas peguei um livro pra ler ontem e terminei hoje. É claro que isso quer dizer que eu não fiz quase mais nada. Estou chateada com o avanço das minhas leituras, a atualização das minhas listas e o andamento das minhas metas. Só estou fazendo o que eu consigo, o que em geral é pouco.
Apesar de estar ficando louca, tensa com esta situação, tenho refletido sobre tudo o que está mudando. Provavelmente algumas coisas vão se extinguir. E não aceitar só vai gerar revolta. É importante tentar entender e se adaptar. Considero que estou conseguindo me adaptar, mas não quero, de forma alguma, ter que ficar neste regime de trabalho remoto mais tempo do que o necessário. Esta não foi a minha escolha.
Os números de novos casos confirmados e de óbitos continua aumentando, devagar, menos acelerado do que o avanço da Itália. Mas a Itália ainda não conseguiu anunciar a retração. E nem Espanha. Alemanha, e Reino Unido continuam crescendo em óbitos. Estados Unidos está muito tenso e, em breve, deve passar o último recorde que a Itália ainda detém: o de óbitos absolutos. Ainda haveria um outro recorde, que eu prefiro não saber quem é o detentor, de número de óbitos por habitantes.
O meu consolo é que amanhã é sábado e não precisarei lidar com a culpa do que eu não fiz. Se possível quero terminar algumas tarefas, se tiver o sossego esperado. E avançar em mais algumas leituras e atualização das listas.
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