Talladega 2

 A corrida de Talladega como uma das provas do playoff deixa em aberto muitas situações possíveis para quem não tem assegurada a classificação para a próxima rodada. E considerando que nas últimas semanas alguns ganhadores das provas foram pilotos que não estão no playoff, essa prova tem grande chance de ser um underdog.

Quem largou na frente foi Bell com Larson, mas com Almirola assumindo a frente, Chastain confrontando, mas dois pelotões bem constituídos. A primeira bandeira amarela surgiu por detritos na pista, a janela do carro de Ty Dillon se soltou. Os líderes optaram por não fazer parada, mas Larson se arriscou e foi seguido por muitos da metade para trás no pelotão. Na relargada, Chastain disputou com Erik Jones, alternando a liderança e os dois pelotões disputando. E a bandeira amarela não demorou muito para voltar quando Harrison Burton resolveu ficar a frente do terceiro pelotão, perto ao muro, sendo empurrado por Stenhouse, e seu efeito em cascata. Por sorte pegou apenas a parte de trás dos pelotões, senão seriam muito mais carros afetados. Abandonaram apenas Burton e Gibbs. Alguns que não tinham parado antes pararam desta vez e quem ficou à frente foram Suárez e Kyle Busch. Elliott trabalhou bem empurrando Suárez e conseguiu ficar à frente, mas as trocas de posições continuaram. E mais uma bandeira amarela com a batida de Lajoie que escapou sozinho para o muro com um furo de pneu e abandonou a prova. Alguns pararam, inclusive Chastain, e quem estava na frente para a relargada foram Hamlin e Byron. No fim do segmento, alguns carros começaram a se movimentar, evitar a linha externa, ou a interna, Stenhouse abriu maus uma linha externa. Byron fez uma manobra e conseguiu escapar de Hamlin. Mais algumas trocas de posições com Busch e Logano, mas Blaney conseguiu achar um espaço na última curva para cruzar na frente no fim do segmento.

O segundo segmento começa com Larson e Jones à frente, com Blaney e Chastain um pouco atrás. Harvick empurrou tanto Blaney que quando conseguiu despistar, ninguém acompanhou Harvick. Keselowski abriu uma terceira linha e Blaney não conseguiu bloquear. Com as trocas na liderança, foi a vez de Gilliland assumir para pouco depois ser abandonado. Neste segmento, sem bandeiras amarelas, foram necessárias paradas em bandeira verde; primeiro entraram fords, depois os toyotas com escapada de Bell e então os chevrolets. E um último grupo de carros que apenas completou o combustível. E no reagrupamento do pelotão, Reddick e Suárez que apenas completaram o combustível conseguiram ficar à frente. Na última volta Reddick cede à pressão de Suárez e Elliott consegue empurrar Larson e ultrapassar na última curva.

No terceiro segmento Elliott largou na frente com Jones, mas deixou, na confusão de troca de linhas, o avanço se mantendo na linha interna. Foram muitas trocas de liderança, Chastain liderou algumas voltas, Hamlin e depois Blaney vinha liderando quando afastou o pelotão externo e começaram as paradas em bandeira verde. No reagrupamento, Blaney se manteve na frente sendo empurrado por Keselowski e Chastain, mas desta vez, com o outro pelotão grudado. Com menos de 10 voltas para o final Jones conseguiu ameaçar Blaney. E foi acionada a bandeira amarela porque o carro 16, com Hemric que não disputa o campeonato parou nos boxes. A relargada foi como uma prorrogação, apenas 3 voltas. As posições trocaram ligeiramente com Chastain empurrando Jones e McDowell empurrando Blaney, o que tinha mais lógica por serem carros da mesma montadora. Chastain não aguentou a pressão e Elliott aproveitou o espaço para puxar o pelotão do anel externo, sendo empurrado por Jones. Blaney veio pressionando, mas foi bloqueado. E a prova acabou sem confusão.

A classificação de Elliott não surpreende ninguém, nem complica a vida de quem não estava com a vida complicada. Podia ter sido bem pior. A situação poderia estar melhor para Blaney se tivesse garantido a vitória. A próxima prova, no Roval, será uma nova chance para Blaney conseguir outra vitória.