sexta-feira, 10 de março de 2023

All-Star Race Texas

 Pra quem já leu sobre o All-Star Open, o All-Star race acontece na sequência o Open, pouco mais de uma hora depois. Só que agora é pra valer, o que vale é o show e o prêmio de 1 milhão de dólares, sem pontos para o campeonato. Também tem um prêmio para a melhor parada.

E a experiência que eu tinha é que esta prova é disputadíssima, apesar de ter menos carros na pista (só 24). Considerando os que se classificaram previamente e os que vieram da prova aberta. Já aconteceu de alguém que veio da prova aberta ganhar a prova principal, mas não é comum. Também é uma prova mais curta que as 400 milhas, afinal, começa com a prova aberta.

Pelo que eu li, muitos pilotos reclamaram do desempenho que tiveram na classificação. Quem largou na frente e estava satisfeito foi Kyle Busch. E quem esteve muito bem junto com ele foi Ryan Blaney que está forte o campeonato todo. O primeiro segmento foi disputado, mas nenhum digno de destaque. Suárez que veio do open ganhou muitas posições, mas não conseguiu ficar entre os 10. E Kyle Busch ganhou sem ocorrências.

Para o segundo segmento, muitos pilotos preferiram não parar, considerando como foi na prova aberta. E Kyle Busch manteve a liderança. Harvick teve problemas no motor, tentou arrumar na parada no fim do primeiro segmento, mas não chegou a se recuperar. Bubba Wallace também precisou fazer uma parada não programada e Ryan Blaney, em seguida escapou tentando ultrapassar Ross Chastain. E esse cara está com muita sorte, a pista está se esvaziando para ele passar. Outro que teve problema neste segundo segmento foi Larson, raspou no muro e destruiu o eixo dianteiro. Trouxe o carro todo torto para o pit e fim de prova. Nesta nova relargada, quem estava com pneus mais novos conseguiu avançar e os outros lutaram para resistir, só que Kyle Busch que estava na frente perdeu potência, Chastain não entendeu o que aconteceu e atropelou o carro do Kyle Busch e ainda aterrissou na traseira do Chase Elliott que também bateu forte no muro e teve que abandonar a prova. Quem teve sorte desta vez foi Austin Cindric que conseguiu desviar e conquistou a liderança. Faltavam 4 voltas para terminar o segmento e menos mais 3 carros na prova, sendo os dois últimos campeões desta prova. 

O segundo segmento terminou em prorrogação, os dois carros da frente eram da Penske sem troca de pneus no intervalo do primeiro para o segundo segmento. E Cindric conseguiu se manter a frente e ganhou o segmento.

Foram feitas as paradas cronometradas para o prêmio de melhor parada, lembrando que alguns pilotos já estavam eliminados da prova. E quem ganhou este prêmio foi para Joey Logano.

E o terceiro segmento começou com Byron na frente e Blaney na perseguição. O terceiro segmento também foi curto, com 25 voltas, igual aos anteriores. Só que desta vez sem bandeira amarela. Se houvesse alguma ocorrência, as voltas em bandeira amarela não contam, como se fossem bandeira vermelha. Então quando Blaney ultrapassou Byron parecia que a vitória já estava certa. Mas faltando 8 voltas para o final, Stenhouse tocou no muro e teve um furo de pneu, mas sem bandeira amarela. E com 4 voltas para o final foi a vez de Bell, que estava em segundo, também rodar na pista, desta vez com bandeira amarela. E só os pilotos da Penske, incluindo o líder Ryan Blaney, ficaram na pista. Demais pararam para troca de pneus. E a relargada foi no estilo prorrogação. Mesmo sem trocar pneu Blaney conseguiu abrir e deixou os outros para trás. Quem conseguiu ameaçar foi Suárez, mas Blaney manteve a diferença.

Só que a prova do All-star tem 4 segmentos. E as três primeiras posições de largada no quarto segmento são definidas pela posição de chegada nos segmentos anteriores, respectivamente. Neste caso, os três carros da Penske. E todos os carros conseguiram se manter na volta do líder, ainda que 4 carros tenham abandonado a prova por quebra, graças às paradas em bandeira vermelha, pequeno prejuízo para os que tiveram pequenos danos. E o quarto segmento teve 50 voltas com uma bandeira amarela de competição na volta 25 se não houver uma bandeira por outro motivo antes disso. E estratégia é tudo. Blaney largou na frente e abriu espaço. Bubba Wallace arriscou uma parada em bandeira verde na esperança de voltar à volta dos líderes e poder fazer mais uma parada junto com os demais e, eventualmente, obter alguma vantagem em posicionamento. Mas não precisou esperar a bandeira de competição porque na volta 22 Erik Jones foi para o muro. E alguns carros ficaram na pista, outros pararam para 2 pneus. Blamey ficou na pista e novamente disparou a frente na relargada. Mas depois de algumas voltas, os pneus mais novos de Hamlin fizeram diferença e ele conseguiu passar os demais. Mas alcançar Blaney parecia impossível, com a distância entre eles só aumentando. Então, depois da bandeira branca estenderam a bandeira quadriculada e a bandeira amarela. E ninguém entendeu o que aconteceu, Stenhouse foi para o muro, parou nos boxes, trocou pneu e voltou e de repente avisaram que a corrida não acabou. E Blaney perdeu toda a distância que tinha aberto de Hamlin e de quebra começava a estragar seus pneus com o burnout, o time desligava os equipamentos, comemoraram, mas então haveria uma prorrogação. Foi uma situação esquisita, em uma prova esquisita. Alguns carros optaram por parar, mas o dilema do Blaney era que se parasse perderia a posição, mas a rede da janela estava solta (ele achava que a prova tinha terminado) e ele não conseguia prender sozinho. E ele relargou com a rede solta, teve uma impulsão de Cindric, aos poucos foi abrindo distância e finalmente conseguiu cruzar em primeiro, com a rede praticamente solta.

Foi uma semana turbulenta, muito se questionou sobre estas regras especiais que só valem para as provas do all-star, ficaram discutindo o que a Nascar devia ter feito e, por pouco, não aconteceu uma confusão. Mas ficou por isso mesmo. Às vezes queria ler o tal nascar rule book que é tão citado nas reportagens e que parece se contradizer em muitos pontos, dependendo do que for mais conveniente a ser interpretado. Mas semana que vem tem mais.

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