Então mais um livro que eu recebi no clube O Prazer de Ler e duas coisas me chamaram a atenção: a capa e o fato de se passar no Paraguai. A capa é linda. Mas eu não lembro de ter lido algum romance que se passe no Paraguai.
Quando iniciei a leitura outras coisas me chamaram a atenção, o Nietzsche do título é o famoso filósofo, na verdade sua irmã que troca cartas com ele. O período em que se passa a narrativa é pouco depois da Guerra do Paraguai. E a presença dos alemães na América Latina um pouco antes das imigrações para o Brasil está relacionado a uma nova forma de colonização para a purificação da raça, isolada da presença semita.
Assunto pesado, né? Agora imagina que isso está no meio da selva, passando por trechos ocupados por tribos de índios selvagens (considerados canibais). É difícil escolher quem são os bandidos e quem são os mocinhos.
O começo é um pouco confuso, "foi extraído" de páginas de um diário de uma expedição que partiu para a selva, na Bolívia, para procurar um antigo militar, considerado criminoso. Mas a expedição vai se desfazendo aos poucos até ser encontrada por alguns dos colonos de Nova Germânia. Mas esta colônia alemã no Paraguai não tem como objetivo colonizar os índios e domesticá-los. Os moradores devem seguir algumas regras restritivas como não se alimentar com produtos de origem animal e não podem utilizar dinheiro, todas as trocas devem ser feitas no mercado local mediante trabalho realizado para a comunidade. É uma forma de escravidão.
O fundador da colônia, o alemão Foster, casado com a irmã de Nietzsche, é um idealista, e controla sua comunidade de acordo com suas ideias. Mas ninguém conhece todas estas ideias.
Sem contar muito mais da história, o começo foi um pouco travado, mas depois avancei bem e li rápido.
Sugiro um pouco de cuidado com esta leitura, mas recomendo.
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