segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Bristol Dirt

 E então o terceiro oval curto em sequência, mas numa prova na lama. Eu gosto da ideia de provas na lama para a categoria de caminhonetes, mas em autódromos pavimentados, cobrir de caminhões de barro para fazer uma pista eu não gosto muito da ideia. Fora que o autódromo fica inutilizado por meses para cobrir, realizar esta prova e depois remover toda a lama para fazer a outra prova. Enfim, decisões da nascar.

As provas na lama também resgatam um pouco das origens das corridas de veículos, com o adicional que o desempenho do carro não diferencia muito, já que o segredo é saber os momentos de acelerar, o traçado que melhor funciona e o tanto que deixa o carro escorregar. Mas não se enganem, eles mudam muito pouco no carro que realiza as outras provas. Com exceção do pneu que é medida de segurança, acho que nem ajuste de suspensão é feito, no máximo levanta um pouco o carro.

E assim como os circuitos mistos, as provas na lama têm seus especialistas. Larson sempre vai muito bem, Bell também é entusiasta destas provas e Logano ganhou a prova no ano passado. Outro ponto curioso é que aparecem figuras novas. Equipes que não tem contrato fixo de temporada completa com um piloto, aproveitam para contratar pilotos especialistas neste tipo de prova e que possam fazer a diferença.

Por conta do acúmulo de lama no carro, as paradas de fim de segmento precisam ser feitas em bandeira vermelha, com tempo mínimo de parada para que isto não seja vantagem. E a última característica típica desta prova é que quando ocorre uma batida, não é tão fácil mudar a trajetória e reduzir a velocidade (por conta do menor atrito que faz o carro deslizar mais), então é comum ter alguns big ones. Com vários carros envolvidos nas batidas.

Mas esta prova teve outros destaques, Reddick e Briscoe disputaram intensamente do começo ao fim as primeiras posições. Mas Ty Dillon e Cole Custer também estavam rápidos.

O primeiro segmento já começou travado. Cole Custer precisou parar para limpar a grade do radiador, pouco depois foi a vez de Almirola, mas com bandeira amarela. E então todo mundo teve que parar para limpar a grade também. Mas depois disso não foram muitas as ultrapassagens e Larson chegou na frente.

No segundo segmento Briscoe, Suárez e Chastain optaram por não fazerem paradas e largaram na frente. Mas Larson estava com o carro muito bom e assumiu o segundo lugar na relargada e foi pra frente do Suárez. Bowman rodou, teve bandeira amarela e em seguida na relargada outra batida e Harvick teve que abandonar a prova. Depois foram sequências de batidas e Briscoe venceu o segundo segmento.

E para o terceiro segmento poucos quiseram fazer uso da parada. Só que a bandeira vermelha permaneceu por bastante tempo por conta de chuva. Na relargada a pista estava bastante diferente e os ajustes já não estavam funcionando para os mesmos carros. E mais meia dúzia de bandeiras amarelas e outra bandeira vermelha interrompendo a prova por chuva. Nas últimas 15 voltas parecia que seria a primeira vitória de Tyler Reddick, mas Chase Briscoe tentava se aproximar de todas as formas possíveis. E eis que na última volta Briscoe perdeu a traseira e encostou em Reddick, os dois giraram e quem cruzou na frente, por muito pouco de vantagem foi Kyle Busch. E atingiu mais um recorde de temporadas consecutivas com vitórias.

E foi um show de gentilezas no fim da prova. Briscoe fez questão de se desculpar com Reddick e agradecer a disputa limpa. Ambos se divertiram mas infelizmente a vitória não foi para nenhum deles. Considerando o tanto que o Reddick é enfezado, a conduta do Briscoe certamente o desarmou. Ele até esperou terminar a entrevista para depois cumprimentar, frente às câmeras. Muito pouco o estilo da Nascar, mas talvez o começo de uma nova era com mais gentilezas (kkkkkkk.... duvido!).

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