Depois de vários dias falando de outros assuntos, preciso voltar a contar sobre hábitos e costumes. Cada um sabe onde aperta o seu calo. Como já disse antes, eu acho mais fácil ter e abrir mão do que nunca ter. É claro que eu não tive uma vida de fartura, mas sempre pude ter algumas coisas por escolha. Um dos motivos que eu prezo tentar uma vida organizada é saber onde as coisas estão quando as precisamos. Não gosto da sensação de passar necessidade ou do vazio que ficou quando me tiram algo. E nem quero falar de roubo, violência ou atitudes de maucaratismo de algumas pessoas que nos são próximas. Estou pensando mais na displicência ou no desapego exagerado que te faz ficar sem, do pouco caso no uso que te faz ter coisas estragadas (ou perecidas) sem ter usado. Isso tudo é o maior desperdício e o que eu mais condeno.
Talvez isto seja algum desarranjo emocional que eu tenha que superar. Este desequilíbrio exagerado não é saudável. Mas a sensação de que algo não está bom é inevitável.
A única solução que eu vislumbro é evitar a perda. Mas não no sentido de fugir. Longe disso. Não se apegar a nada faz com que não tenha importância perder. Mas pode ser uma forma de fuga.
Algumas situações e alguns objetos são marcadamente evidentes para a perda. E é nisso que devemos nos importar em evitar.
Para as perdas, nem sempre é possível fazer a reposição.
Parece tudo um grande contrassenso. Mas não busquei o minimalismo para me libertar do verbo TER. Ainda acho saudável poder escolher o que ter. Gosto de experimentar coisas diferentes e escolher o que me favorece. A pior coisa para mim é não ter opção, independente do preço. Mas vejo motivo para ter pelo ato de ter.
Em menos de um mês vi duas coisas que foram marcantes: a primeira foi ganhar algo que era caro (no sentido de querido) mas ver perder uma peça. Remoí por vários dias até aceitar que poderia viver sem o que perdeu, mas nada consolava a sensação de perda. A segunda coisa que aconteceu algumas semanas depois foi outro presente, que desta vez havia uma foto para orientar a escolha e chegou algo diferente e de qualidade duvidosa. Antes não tivesse escolhido nada e recebesse algo bom. É o tipo de presente que tenho o menor apego em perder, mesmo que tenha sido caro. Mas nem preciso me preocupar com esta situação porque o produto não vai durar.
A reflexão que eu cheguei é que estava tendo muita dificuldade em lidar com a perda porque não quero me privar de nada em prol da preservação de objetos materiais que irremediavelmente se estragam, perdem peças ou nos são levados. E se eu tivesse objetos sem o menor apego e que sei que são fracos e suscetíveis a estes desgastes prematuros poderia usá-los nestas situações de maior risco.
Não pretendo comprar produtos de qualidade duvidosa para dar chance a perdê-los no lugar dos que me são caros. E também não quero me privar de situações em que isso possa acontecer. Mas quero repensar o que eu quero usar, o que eu só vou usar em casa e não empresto e como vou escolher o que usar nas situações em que o risco é maior.
Vamos ver o quanto consigo trabalhar este sentimento no próximo ano.
Para as perdas, nem sempre é possível fazer a reposição.
Parece tudo um grande contrassenso. Mas não busquei o minimalismo para me libertar do verbo TER. Ainda acho saudável poder escolher o que ter. Gosto de experimentar coisas diferentes e escolher o que me favorece. A pior coisa para mim é não ter opção, independente do preço. Mas vejo motivo para ter pelo ato de ter.
Em menos de um mês vi duas coisas que foram marcantes: a primeira foi ganhar algo que era caro (no sentido de querido) mas ver perder uma peça. Remoí por vários dias até aceitar que poderia viver sem o que perdeu, mas nada consolava a sensação de perda. A segunda coisa que aconteceu algumas semanas depois foi outro presente, que desta vez havia uma foto para orientar a escolha e chegou algo diferente e de qualidade duvidosa. Antes não tivesse escolhido nada e recebesse algo bom. É o tipo de presente que tenho o menor apego em perder, mesmo que tenha sido caro. Mas nem preciso me preocupar com esta situação porque o produto não vai durar.
A reflexão que eu cheguei é que estava tendo muita dificuldade em lidar com a perda porque não quero me privar de nada em prol da preservação de objetos materiais que irremediavelmente se estragam, perdem peças ou nos são levados. E se eu tivesse objetos sem o menor apego e que sei que são fracos e suscetíveis a estes desgastes prematuros poderia usá-los nestas situações de maior risco.
Não pretendo comprar produtos de qualidade duvidosa para dar chance a perdê-los no lugar dos que me são caros. E também não quero me privar de situações em que isso possa acontecer. Mas quero repensar o que eu quero usar, o que eu só vou usar em casa e não empresto e como vou escolher o que usar nas situações em que o risco é maior.
Vamos ver o quanto consigo trabalhar este sentimento no próximo ano.
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