segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A Máquina do Tempo

Em 2005, eu assisti na TV aberta o filme a Máquina do Tempo. Lembro que fiquei impressionada com a criatividade do autor em criar um ambiente futurista muito diferente do que se imagina em outras obras de ficção científica. O filme que eu assisti foi uma regravação do filme feito na década de 70. Dizem que o anterior era melhor mas com uns efeitos especiais mais fraquinhos. Mas esse eu não assisti. Não achei para vender ou para alugar.
Mas o livro que deu origem ao filme já está em domínio público, disponível no projeto Gutemberg. Esse livro eu li em inglês mesmo porque não achei em português. Resisti por bastante tempo tentando achar uma edição em português, mas não achei. Um livro do mesmo autor que é possível achar em português é "A Guerra dos Mundos" que também virou filme com Tom Cruise e Dakota Fanning.
"A Máquina do Tempo" é um livro bem fininho e bastante diferente do filme. No filme, o pesquisador resolve viajar no tempo para evitar a morte de sua noiva.  E depois de sucessivas tentativas, percebe que embora possa viajar no tempo não pode mudar o destino das pessoas. Então acaba por voltar a viajar no tempo para não precisar viver junto a tudo o que lembra a pessoa que perdeu.
No livro ele não tem essa motivação. Não tem noiva. Não tem sequer nome. O narrador é um dos personagens que visita o viajante do tempo nas reuniões em que este descreve e tenta comprovar que de fato viajou no tempo. Seus visitantes, convidados a ouvir o testemunho do viajante são intelectuais: médico, jornalista, psicólogo...
O viajante descreve os efeitos da máquina e também o que encontrou nos lugares (ou no tempo) que visitou.
Essa história se passa na Inglaterra. Um período que ele visita é o ano de 802.701 (!). E descobre a formação de duas raças humanas Morlocks e Elois com características opostas (hábitos noturno/diurno, forma de alimentação carnívora/vegetariana e ocupação principal desenvolvimento físico/mental).
Como disse anteriormente, a descrição utilizada é muito diferente de outros livros de ficção. O autor não aposta no desenvolvimento tecnológico, no domínio das máquinas ou na viagem interespacial.  Não nesta época no futuro que o visitante esteve. É quase como se houvesse um retrocesso. Mas que ocorreu de forma diferente para cada raça. Habilidades como a fala estão atrofiadas. O viajante diz que entre os Elois fica impressionada com a inocência e o desapego à vida. São como carneiros de rebanhos que não correm de seus lobos ao serem atacados.
Confesso que prefiro a versão mais romantizada do filme. Mas o livro é no mínimo curioso e inédito em sua perspectiva. Fiquei um pouco frustrada por ser tão diferente do filme, mas não tive dificuldade alguma de ler em inglês. Como obra de ficção científica, só não acho melhor do que Douglas Adams. "O Guia dos Mochileiros da Galáxia" é muito bom. Mas esse é assunto para outra hora.

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