domingo, 22 de novembro de 2020

O que Eu Aprendi Com a Quarentena 1

 Se tem uma coisa que foi inevitável nesta quarentena foi aprender. Eu percebi determinadas coisas sobre mim, minha família e meus hábitos que não tinham importância antes e então passaram a ter com a quarentena.

E a primeira lição digna de nota é que você nunca está preparado e deve estar sempre pronto ou disposto para mudar. Tivemos a sorte de não ter uma diminuição significativa de renda. Junto com a diminuição da renda foi possível fazer a redução dos gastos: a escola deu desconto, diminuição dos gastos comendo fora e as compras. Como sempre temos muitas roupas tamanho maior guardadas para as meninas, fui separando e aproveitando entre o que eu tinha. Se a vida estivesse normal, teria comprado uma coisa ou outra, mas em casa, me vi obrigada a evitar. Assim como quase toda e qualquer compra que eu faria pela internet passei a evitar com medo de ter cartão clonado e ficar sem cartão, mas aqui vale um tópico a parte.

E o meu grande dilema foi se eu tinha coisas demais guardadas para se eu precisasse ou se eu conseguiria ficar sem sair de casa para fazer compras. O instinto de sair fazendo estoque é muito forte. O mais crítico são os perecíveis, comidas de supermercado. Todos os demais itens, eu consegui viver sem reposição por alguns meses.

Sobre estoque, tenho dois pontos. Por conta do minimalismo, alguns estoques meus são realmente muito baixos. Mas eu não vi necessidade de aumentar nenhum deles. O que eu acabei preferindo fazer foi manter os preparos apenas das receitas "preferidas" e tendo os ingredientes para elas na quantidade a ser usada para aquela semana ou quinzena. E então comecei a achar vários produtos, principalmente temperos, que eu tinha, usava eventualmente e não precisava ter em estoque, poderia comprar quantidade pequena, usar até acabar e ficar um tempo sem comprar. Numa vida normal, seriam alimentos que eu consumiria quando como fora. Quem acompanha a evolução da faxina, comento sobre vários dos produtos que eu nem lembrava que tinha e me esforcei em terminar.

O outro ponto são os estoques que eu não me esforcei realmente em diminuir e preciso continuar trabalhando. Passar 6 meses sem precisar comprar sabonete, pasta de dente ou shampoo, que são produtos de uso diário demonstra que eu tenho muita coisa em estoque. E foi onde eu continuo determinada em reduzir. Ficar mais tempo em casa me permitiu ver estes excessos o tempo todo e tentar tirar eles da vista. Mas daí entra o outro ponto, jogar fora não é a melhor solução e o correto descarte é um pouco mais complicado. Nos primeiros meses sequer havia a possibilidade de entregar itens para doação. Mas aos poucos, as sacolas foram se acumulando, os destinos foram aparecendo e pudemos dar um jeito de entregar.

O que eu aprendi é que não é preciso deixar de ser minimalista por conta da quarentena, só rever o tamanho dos meus estoques. E a outra lição que eu tirei, foi que eu ainda não deveria me chamar de minimalista se eu posso me dar ao luxo de ficar tanto tempo sem fazer nenhum tipo de compra a não ser alimento.

Apenas uma última ressalva, eu não precisei fazer compras de itens de reposição, mas sim, eu comprei coisas para a casa. Comprei móveis, comprei ferramentas, comprei materiais e comprei roupas. Mas eu tirei muita coisa, a mais nova saiu do berço, doei coisas de bebês, doei brinquedos, doei móveis e doei livros.

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