2019 foi um ano de altos e baixos na minha alimentação. Em novembro, comecei a olhar em retrospectiva e me senti péssima, de novo, com relação à aparência. A alimentação é apenas uma parte, e nem a mais significativa. Mas é a parte que eu consigo mudar mais facilmente.
Nos últimos 5 anos, fui bem rigorosa com os meus hábitos alimentares. E não pense que tenho anorexia ou algo do tipo. Sempre estive dentro do IMC. Quem me vê diz que eu sou magra. Eu pareço uma pessoa magra, meus braços e pernas são finos e meu rosto é alongado. Mas eu, como muitas mulheres, senão todas, tenho bastante gordura acumulada no quadril, coxas e barriga. Parece aqueles bonequinhos de batata com os palitinhos de dente espetados, sabe? Exagero à parte, dependendo do modelo de roupa que eu uso, pareço grávida. E não é legal. Uma coisa é parecer grávida e estar grávida. Não é o caso.
Nos primeiros meses depois que a minha filha nasceu eu usei cinta e tinha verdadeira esperança que meu corpo fosse voltar ao normal. Apesar de não fazer exercícios físicos regulares, sou bastante ativa, faço muita coisa a pé, subo e desço de escadas e vivo carregando as coisas para cima e para baixo. Também continuei controlando a alimentação, evitando gorduras, comendo bastante salada e reduzi as porções de alimentos nas refeições.
O problema é que a criança fez um ano e nada! Eu praticamente perdi o peso que eu estava a mais. Meu peso tem variado entre 51 e 53. Na última semana que me pesei, alcancei praticamente 55. Foi um descontrole. Excesso de abuso, mas principalmente um descontrole. Eu chutei o balde e me entreguei aos excessos como se isso fosse me livrar de ter vontade em outros momentos e eu pudesse voltar a ser controlada. Eu gosto de ser controlada, mas neste momento é tudo o que eu não sou.
Comecei a sentir que exagerei porque parte das minhas roupas que estavam largas, ou me vestiam de forma confortável estão cada vez mais desconfortáveis. E não pense que eu sou neurótica com isso, boa parte das roupas que estão desconfortáveis eu tenho separado e tirado do guarda roupa. Não vou procurar um ideal que me deixa tensa. Só guardo as que não me servem tão bem mas que eu gosto muito. E essas são bem poucas. Acho que as minhas roupas de uma forma geral eu tenho diminuído neste processo de me acostumar com o meu corpo.
Eis que em 2020 vem a quarentena logo após o carnaval e resolve passar o ano todo com a gente. Nos primeiros meses, além de comer a comida feita em casa, fazíamos uso do delivery, ou buscava marmita do restaurante em frente. Mas muitos estabelecimentos fecharam. E a comida nunca é realmente saudável, mesmo quando vem escrito que é comida caseira. Mas evitar alimentos processados e cozinhar todas as refeições em casa é muito desgastante. Acabamos por aceitar alguma quantidade de processados mas abrimos mão do delivery e da marmita. Muita fruta e poucos doces.
O problema passou a ser controlar a quantidade de comida. Sem sair de casa, mesmo andando de um lado para outro o dia inteiro, nem se compara à quantidade de atividade que eu fazia antes. então sim, emagreci um pouco e depois recuperei o peso e passei quase todo o ano com 55 quilos. Não é o ideal, realmente não consigo usar a maioria das minhas roupas, mas pelo menos tenho conseguido não engordar mais.
Gostaria de reduzir a quantidade de comida e voltar a jejuar, mas acabo vencida pela rotina da família que exige algum tipo de exemplo para as crianças.
Já a atividade física, tenho tentado aumentar as descidas e subidas de escada e as caminhadas. Nos primeiros meses era algo impensável, mas atualmente não tem sido um grande problema.
Outra coisa que atrapalha é o tempo. O tempo para poder cozinhar e o tempo para sair para fazer exercício. Por enquanto, ainda estou com muitas atividades que ocupam os meus dias.
Enfim, estou tentando retomar o controle da minha vida no que diz respeito a alimentação, mas os últimos dois anos foi terrível. E que venham bons resultados em 2021, seja lá o que vier.