terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Jornada Minimalista parte 2

Eu comecei a escrever e acabei por me dar conta que estava ficando imenso.

Quando eu me dei conta que haviam se passado 6 meses e eu já tinha conseguido mudar vários aspectos da minha vida, comecei a olhar para os que eu não havia mudado. Então eu percebi que eu tinha muito mais coisa escondida do que as coisas que estavam expostas me incomodando.
Eu contava com um sucesso imediato porque, sem saber direito o que eu estava procurando, comecei a por a ordem na casa e na minha vida quando comecei a listar as coisas que eu queria fazer assim que possível na minha lista 101. Na hora de colocar a lista em prática, iniciei vários itens longos sem perspectiva de conclusão e deixei para focar nos outros itens conforme estes fossem sendo concluídos. Agora, quase no fim do tempo do projeto, percebo que eu precisava deste empurrão, que eu listei coisas que eu realmente vou fazer de uma forma ou de outra, mas que 1001 dias passou a ser pouco para tanta mudança. A parte boa disso tudo é que mesmo concluindo pouca coisa já não sei se conseguiria chegar a 101 itens para listar. Eu até fiz uma lista, e os itens desta nova lista, comecei a realizar um pouco aqui, um pouco ali e penso que vou acabar concluindo estes antes.
Efetivamente, nos primeiros 6 meses consegui encarar coisas que eu realmente precisava fazer, tanto no quarto quanto na cozinha, tirei tudo dos armários para guardar de novo separando o que deveria dar outros fins. E eu já havia feito isso logo que mudei para este apartamento que moro e uma outra vez antes de começar o projeto. Consegui acabar com as pilhas de roupas na caminha e organizar o guarda roupa da Ágata. Fiz duas limpas nos remédios a ponto de sair com sacolas de medicamentos vencidos. Também esvaziei as gavetas dos banheiros e um armarinho de duas portas do banheiro para voltar só com os produtos que pretendo usar. Organizei parte dos livros e brinquedos, conseguindo tirar coisas para doação. Tirei muitos livros do plástico, joguei embalagens fora e descartei muitos papéis. Até a pasta de documentos que não era material de cuidado, revisei duas vezes descartando algumas coisas.
Eu penso que estas vitórias valem pouco pelos resultados, mas venceram a inércia que eu estava e o medo de encarar as minhas bagunças (ou mania de bagunça).
Aos poucos fui achando outros lugares que ainda tinham coisas, nos maleiros que era pressuposto estarem vazios, no guarda roupas do escritório que recebeu todas as coisas que não queriam que ficasse à vista, na estante de brinquedos que virou um buraco negro para tralhas, na estante da sala que virou um repositório de lembranças dos outros ao invés de livros, na área de serviço, num dos armários suspensos da cozinha, no rack e na escrivaninha do escritório. Nestes lugares a minha limpeza foi comedida. Tirei pouca coisa, evitei guardar mais. Começo a vislumbrar mais cantinhos vazios e preciso começar a trabalhar neles. Veja que todos estes cantos não faziam parte do outro projeto, por isso demorei a olhar para eles. Ainda tenho muita coisa sobrando pela casa, procurando o seu lugar. Estou com um cantinho para coisas que vão embora mas ainda não encontraram o seu destino. Já foi mais fácil arrumar lugar para elas, agora estou tendo um pouco de dificuldades para descartar. É importante encontrar o local e o destino correto. Para não ter tanto trabalho, muitas vezes movemos para o lixo. O mais importante é escolher sensatamente o que vamos deixar entrar na nossa casa.
Algumas vezes eu tenho vontade de reformar os ambientes e trocar os móveis. Reconheço que não fizemos muitas escolhas, tanto que já trocamos alguns móveis e eletrodomésticos. Aproveitamos muita coisa que estava disponível e fomos passando para frente o que tínhamos. O que temos em casa funciona, mas poderia ser diferente. Ainda não sei o que vou acabar fazendo.

Neste segundo ano, quero continuar nos meus processos de me desfazer do que eu não quero, do que eu não preciso e do que não me faz bem. Também quero dar soluções mais justas para estes descartes do que simplesmente jogar no lixo. Quero também avaliar melhor o que eu trago para casa. Nunca fui de comprar muito, mas também nunca tive muito jeito para escolher/saber o que eu queria e o que eu preciso. Comprei muita coisa errada e descobri meus gostos por tentativa e erro. Talvez comprar não seja uma compulsão, mas ainda trago muito mais coisa para casa do que deveria e depois não sei o que fazer com elas. Quero fazer meus inventários e quero fazer um balanço do que entra e do que sai.
Outro grande desafio com o que pretendo me comprometer é o minimalismo digital. Quero reduzir os meus usos virtuais e o armazenamento de informações que é dispensável. Já apaguei muita coisa e movi outras tantas para o HD externo. Mas preciso mudar também os meus hábitos.

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