Item 16: Visitar o Salão do Automóvel

Eu refleti sobre este item e independente de como fosse o passeio eu iria escrever pelo simples fato de que faz parte da minha lista de tarefas. Apesar de ser um passeio, quando eu coloquei estes passeios, uns eram passeios que eu temia acabar não fazendo apesar de querer muito fazer, ou eram passeios que esperavam que eu fizesse apesar de eu não ter muita vontade de fazer.

Curiosamente, quando comecei a escolher os passeios que ainda dava tempo para eu fazer este ano, acabei escolhendo dois que não eram passeios que eu queria muito fazer. Em parte isso é bom, porque simplesmente risquei da minha vida e tal. Mas quase que vira uma série de passeios que eu nunca deveria ter feito.

Friamente avaliando, provavelmente eu teria esta percepção por qualquer passeio da lista já que estou num momento da vida que o que eu mais quero é sossego e dificilmente terei sossego num evento. Então uma festa, um show, jogo de futebol ou qualquer destes tipos de eventos teria a mesma sensação.

Quando fomos na Expo Flora, não estávamos preparado para o tamanho das filas e do congestionamento para chegar e para ir embora, mas fizemos tudo o que quisemos e fomos embora.

Carimbo de entrada nos punhos

O Salão do Automóvel, pela primeira vez não foi no Anhembi, então ainda não sabíamos como seria a logística. A princípio, queria ir de ônibus, utilizar o metrô e depois o fretado gratuito, mas com criança, ficamos preocupados com a complicação e a demora e optamos por ir de carro e usar o estacionamento do local.

O problema foi que o local era novo, aparentemente não estava tudo pronto e acabou que pegamos muitas fila e congestionamento para entrar. Chegamos ao cúmulo de entrar por um lado, sair pelo outro para poder entrar de novo no lado certo. E o tempo todo com uma chuvinha fina.

Mas começando pelo começo...
Programamos a viagem para um meio de feriado na esperança de não pegar o evento tão cheio. Ambos nunca tínhamos ido e, portanto, não sabíamos exatamente o que encontrar. Pessoalmente esperava algo ainda maior. Meu marido em compensação sentiu falta de outros expositores que não apenas os grandes construtores de automóveis. Havia pouca coisa de novas tecnologias e fornecedores de auto peças. Um dos pontos que fazem muito sucesso são os novos modelos de carros de rua e os carros conceitos. Como eu não sou de visitar concessionária só pra conhecer os novos modelos, nem quando está em exposição no shopping, estava mais para ver os carros de competição ou os carros antigos. E disso tinha pouco. Os carros conceito já são algo diferente, mas nenhum deles estava disponível para entrar. E se tem uma coisa que fazia fila era para entrar nos carros que estavam lá como se não houvesse concessionária com os modelos disponíveis. Outra coisa que me chamou a atenção é a quantidade de famílias que vão todas as edições tipo, desde sempre.
Uma coisa que achei bem legal é que a praça de alimentação era de food truck. Acho que super combina com o tema do evento. Uma pena que praticamente todos ofereciam produtos parecidos. Então não fazia muita diferença escolher.
Nós vimos na ExpoFlora um estande que tinha um veículo antigo (não lembro agora qual era) customizado para uma espécie de carro de lanche. Isso era outra coisa que eu esperava, as adaptações de veículos para outras finalidades, semelhante ao conceito de food truck. Mas não vimos.
Eu não diria que foi uma grande furada, mas o evento estava muito cheio e pagamos um valor relativamente caro para um passeio de algumas horas. Não me aventurei a tentar aproveitar tudo o que os estandes tinham para oferecer nem entrar nas lojinhas para comprar produtos, mas não acho que poderia fazer valer o valor pago. Se fosse para voltar, só voltaria se pudesse ir em um dia mais vazio e com a disponibilidade de aproveitar tudo o que tivesse disponível. Também não quis usar os simuladores ou fazer test drive nos veículos.
O que eu sei é que apesar de não estar sentindo frio, comecei a espirrar e não fiquei bem o tempo todo que estive lá dentro. Achei que era um princípio de resfriado. Mas no dia seguinte eu não tinha mais nada.
Enquanto voltávamos para casa, estávamos discutindo o que se poderia falar sobre o evento e se valia escrever sobre ele no blog. Afinal, era um item da minha lista e só por isso valia. Não posso dizer que foi um programa ruim; como disse, estou numa fase que qualquer evento minimamente parecido com isso, seria ruim. Apesar de acabar priorizando cumprir itens mais definitivos desta lista de coisas, estou feliz de ter riscado justamente porque não me trouxe nenhuma vontade nova. Espero no ano que vem conseguir fazer mais alguns passeios e riscar alguns itens da lista. Neste quesito tem pouca coisa nova que eu acrescentaria: talvez um musical, um ballet e uma ópera, mas provavelmente estes não poderia fazer sem viajar.