quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Diário de Leitura - O Morro dos Ventos Uivantes

Provavelmente escolhi ler este livro pelos motivos errados. Foi o escolhido para o mês de agosto, que imaginei ser uma leitura rápida e me arrastou o mês todo quase passando para setembro. Por ter sido citado em Crepúsculo, fez parte de muitas listas de leitura, mas eu só vislumbrei ler porque pensava ter um pouco de Jane Eyre por ser um romance do mesmo período.
Comecei a ler no dia 5 de agosto e fiquei surpresa ao descobrir na introdução que se tratava de um romance gótico com muitos palavrões omitidos. A obra é narrada para Lockwood ou por Lockwood que veio morar na propriedade vizinha à do Morro dos Ventos Uivantes. Mas os personagens do núcleo principal: Heathcliff, Linton e Earnshaw são muito agressivos. Principalmente Heathcliff. Talvez por isso tenha sido tão difícil avançara na leitura. Permaneci lendo perto de 10 páginas por dia em alguns dias até dia 22 de agosto, quando então resolvi pegar para terminar apesar de toda dificuldade em me sentir envolvida com a trama.
Heathcliff leva uma vida reclusa no Morro dos Ventos Uivantes. Possui um núcleo familiar desestruturado e aparentemente convive com um fantasma. Ao ter contato com este fantasma, sem entender o que acontece naquela casa, Lockwood pede para Ellen, antiga funcionária dos donos da casa que faz parte da equipe que atende a propriedade em que está ocupando conte a história do que se passou com aquela casa, quem é Heathcliff.
Ellen foi criada junto com as crianças Earnshaw e estava presente quando trouxeram o jovem Heathcliff. Após a morte do chefe da família, Heathcliff é colocado de lado pelos estranhos sentimentos que desperta de ciúmes, inveja, desprezo...
As relações se constroem por trás de muito ódio, rancor e amargura. Os sentimentos são sempre muito aparentes apesar de serem terríveis. E Lockwood fica fascinado pela narrativa. Acompanhamos o fim da infância e a adolescência de Heathcliff, as fugas dele e de Catherine Earnshaw até que esta prefere se casar com Edgar Linton e partir para a Granja dos Tordos. Mas Catherine, a seu modo grosseiro, ama Heathcliff e Heathcliff, apesar de nada romântico, corresponde. As barreiras são enormes para estas duas criaturas errantes.
Bom, desta confusão nascem duas crianças, uma nova Catherine Linton e Linton. Mas os pais são inimigos e não se aceitam. 18 anos depois ainda não está nada resolvido. E entre muito ódio, as famílias se aproximam novamente.
A narração de Ellen para Lockwood é parcial já que esta é testemunha de tudo o que acontece. Ellen é uma das personagens que tenta se manter íntegra apesar de todo o ódio que Heathcliff espalha ao seu redor.
Não vejo como contar muito sem acabar contando toda a história. Apesar de ter sido muito difícil levar esta leitura adiante e de não estar preparada para o que eu encontrei, gostei bastante desta obra e avaliei com 4 estrelas. Quero reler algumas referências e acredito que ainda vou chegar a ler o original em inglês.
Tentei terminar de ler junto a outras tantas leituras que estavam empacadas no último fim de semana de agosto. Felizmente consegui terminar na segunda 29 de agosto.
Em breve pretendo começar a leitura de setembro que não será fácil e colocar a escolha de outubro. Estava me cobrando o atraso das leituras escolhidas mas em breve devo normalizar.

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