Quando eu fui ao Museu de História Natural de Nova Iorque, pensei em comprar "A Origem das Espécies". É, até em museu, eu só vejo livro para comprar. Mas este é um livro muito complexo para se ler em inglês. Deixei para procurar quando voltasse para o Brasil. Pelo menos não gastaria alguns dólares por um enfeite da estante que eu ia acabar doando. Eu não ia conseguir ler.
Lembro que no semestre passado, um colega do curso de inglês resolveu resumir a teoria da evolução de Darwin como sendo "só os fortes sobrevivem". Que eu saiba, esta era a lei da selva, certo?
Darwin era um estudioso, acadêmico. A leitura que eu fiz (em português, claro) lembra a leitura de uma dissertação. Darwin revisa as pesquisas que foram desenvolvidas e que serviram de apoio para sua própria pesquisa. Alguns resultados ele contestou refazendo a experiência, algumas ele citou como princípio para sua pesquisa.
Agora, explicando melhor o "só os fortes sobrevivem", a ideia de Darwin é que várias espécies se extinguiram por não estarem adaptadas às mudanças do meio ambiente (não quer dizer força, e o embate não é direto na cadeia alimentar). E que pequenas mutações podem determinar, ao longo do tempo, geralmente séculos, a geração de uma nova espécie, uma vez que já não seja possível o cruzamento entre seres desta mesma espécie mas de diferentes raças. Isto geralmente acontece após migrações de tribos.Os estudos foram feitos em diferentes espécies e nem todos os estudos foram conclusivos. Não é possível afirmar, com a leitura de "A Origem das Espécies" que Darwin contesta a criação divina. Isso era uma curiosidade para mim, já que a obra foi banida por algumas igrejas. O que ele deduz pelas evidências é que as espécies devem ter tido uma origem comum que sofreu uma série de pequenas mutações e que esta diferenciação ele chamou de evolução. Mas nunca foi encontrado o elo perdido (o ser intermediário entre o macaco e o homem, por exemplo) que confirma que houve de fato a evolução das espécies.
Este também não é um livro fácil. É uma leitura cansativa, mas é bem melhor que os livros que estudávamos na escola sobre o assunto. Estudei num colégio bastante tradicional e que havia sido colégio de freiras. Então esse assunto era polêmico. Os professores tinham medo de serem mal interpretados ao tratar do assunto, o que acabava gerando algumas discussões.
Por isso acho que foi bem importante ter vindo à fonte do conhecimento. Como já havia lido muitas teses e dissertações, estou acostumada com a liguagem e as citações de referências. A versão que eu li foi pocket também, mas não sei se houveram cortes com relação à edição inicial, provavelmente a tradução deve estar diferente do livro original.
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