sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Organização do Guarda-Roupa - O que eu Aprendi

Anos atrás, eu fiz uma verdadeira limpa no guarda-roupa: tirei tudo, limpei todos os espaços por dentro e só voltei a guardar o que eu queria que ficasse. O problema foi que naquela época, eu ainda pretendia engravidar e sabia como isso muda o corpo e compromete as escolhas do que vestir. Depois dessa organização, eu passei a fazer triagem quando usava cada peça e separava em uma sacola como vim colocando no balanço anual. E eu estava muito bem com isso.
Acontece que depois de ter tido outro bebê, que já nem deveria ser chamado de bebê mais, eu deveria estar tentando voltar a caber nas minhas roupas. Mas o momento da quarentena não é propícia. Então estou com este projeto em espera.
Mas o que eu aprendi foi que tentar fazer a triagem, sabendo que você tem que terminar, te obriga a tomar a decisão rápida. Mas mesmo aquelas peças super queridas que se te perguntassem você diria que de forma alguma pretendia se desfazer, se você refletir com calma, vestir, tentar usar, nem que seja para ficar com ela por algumas horas, pode ser que mude de opinião. A alegria que ela te trouxe, ainda está nas suas lembranças, mas vestir de novo pode não te trazer mais alegria. Da mesma forma que ver determinada roupa em uma foto antiga me faz correr no armário e tirar ela de lá. Por isso considero certo que jamais voltarei a fazer esta grande triagem ou o famoso destralhamento. 
Agora, fazer render este esforço de diminuir o que você tem, sem ter aquele desespero de não ter o que vestir é outro problema. Já houve quem achasse mais fácil ter uma pessoa junto para ajudar a escolher e orientar sobre o seu estilo (os tais personal stylist), fazer os books com as opções de combinações e os looks completos. Mas isso também é algo que não funciona para mim. Ainda que eu acabe usando sempre as mesmas combinações.
A lição mais importante é saber quando você precisa fazer a reposição de peça. Você pode ter muitas camisetas e ainda precisar da reposição de uma que já não serve mais. E você pode ter poucas sandálias e ainda descartar uma sem precisar repor. E esta quantidade que te atende depende do momento da sua vida, do seu estilo de se vestir, da sua rotina e tantas coisas mais... 
Outra coisa que eu percebi foi que alguns tipos de roupas foram mais fáceis de reduzir e outras eu preciso de mais tempo. Mas isso pode ter a ver com a quantidade que eu tinha antes de começar a reduzir.
Eu não me arrependo de quase nada que eu tirei do armário. O que eu tenho dificuldade de aceitar é que determinadas roupas não cabem mais e nem nunca mais vão voltar a caber. Mas não é disso que se trata. 
Ser minimalista não é só aprender a viver com pouco, mas um exercício de autoconhecimento: o que você gosta, o que você precisa, o que te faz bem. E lembrar sempre que a gente muda. O gosto muda, as necessidades mudam e até o que te faz bem vai mudando sem você se dar conta. 
Fortemente recomendo fazer estes exercícios de autoconhecimento com o seu guarda-roupa. E a outra coisa que eu acho que ajuda são as lembranças, as fotos ou seja lá como você faz para recordar. Muitas vezes isso te desperta para aquilo que você não é mais, e as roupas que você não vai mais voltar a usar. 

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