terça-feira, 22 de agosto de 2017

Quando Estamos Aprendendo a Comprar

Eu fiquei bastante impressionada meses atrás quando descobri uma sandália guardada que eu sequer lembrava de ter comprado. Tentando entender o que aconteceu, eu recebi um questionamento:
- Foi uma compra por impulso?
Eu não sei dizer, provavelmente sim. E eu não tenho feito isso. Não mesmo.
Ao longo deste ano, realizei poucas compras, quase nada para mim. Comprei algumas roupas, mas tenho evitado sair para ver. Mesmo artigos de papelaria e livros, estou conseguindo evitar. Objetos para a casa, cozinha... Estou precisando esvaziar e limpar.
Cheguei a ficar mais de um mês sem ir ao shopping. As poucas vezes que fomos foram para alimentação/entretenimento. Lembro de terem perguntado se eu estava querendo ver alguma coisa e eu ter dito que não.
E reforço o meu compromisso, no caso em questão, havia encontrado uma sandália. Em 2017 não comprei nenhum calçado, mas já dei um que estava novo e estou com outro em petição de miséria para o descarte. 

Então tenho reconhecido que estou aprendendo melhor a comprar. Uma das coisas foi fixar uma lista de desejados e tentar só comprar o que está na lista. E a outra foi deixar de passear no shopping ou nos sites de produtos só para ver se têm promoções. Ás vezes ainda caio em tentação, mas pensar no tanto de coisa espalhada em casa me faz mudar de ideia.

Ainda me incomodo com o tanto de coisa que temos em casa. Fizemos um plano para em alguns anos poder dispensar a ajuda de uma diarista. Mas para abrir mão deste serviço preciso de duas coisas: uma solução prática e barata para lavar e passar roupas e uma manutenção/limpeza da casa tão simples que não ocupe muito tempo.

Eu não gosto da ideia de usar uma lavanderia como forma principal para a lavagem de roupas. Prefiro um pouco mais reduzir a quantidade de roupas que precisa passar e lavar a maior parte delas em casa. Mas vamos ver se encontramos uma solução que funciona.

A simplificação da manutenção e limpeza da casa ainda é algo distante pela desorganização. Apesar de eu ter um ciclo de descarte e estar evitando que as coisas entrem na minha casa, sinto que ainda tenho coisas demais que não consigo descartar. Sinto a necessidade de descartar de uma forma consciente. Não me agrada entrega várias caixas para a caridade e jogar outras tantas no lixo. Sei que a maioria das pessoas não vai dar o mesmo valor que eu dou aos objetos e tenho a impressão que tenho que encontrar quem dê a importância devida. E o outro ponto é aceitar presentes. Muitas coisas que eu não compraria para mim, ao ganhar me sinto na obrigação de usar. Ainda que sejam coisas que eu não goste, eu as aceito para não ser ingrata. Muitas das coisa que eu não acho lugar são as coisas que eu ganho. São coisas novas, que não tenho como trocar e que eu sei que a pessoa pensou que combinaria comigo. O pior é que, na tentativa de agradar, eu ponho em uso alguns objetos e as pessoas passam a achar que eu gostei daquele tipo de presente. Mas que não tem nada a ver com a minha personalidade ou estilo de vida. Apesar do erro ser meu, não sei o que fazer. O melhor seria não aceitar presentes. Já faz alguns anos que evito comprar presentes na expectativa de não receber. Mas não é tão simples. Também preciso mudar a minha percepção do valor sentimental de objetos. As pessoas precisam entender que não estou deixando de gostar delas por não aceitar seus presentes.

Neste momento que estamos trabalhando na reforma de um dos cômodos, ainda acrescentei mais uma preocupação, quanto mais espaço eu tenho para guardar coisas, menos coisa tenho a vista. Mas não adianta simplesmente ter o espaço para guardar e usar este espaço para entulhar a casa. Eu tenho muitos cantos de bagunça, com coisas que não sei o que fazer ou como guardar. Quanto mais à vista estas coisas estiverem, menos espaço elas vão ocupar. Então estamos repensando estes espaços de armazenamento de coisas que eu não sei bem o que fazer.

Por fim, fazer algum tipo de inventário, estoque mínimo e só comprar para reposição é algo que ajuda.

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