quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Ensaio sobre a Cegueira

Eu havia deixado um quadro de votação para a próxima resenha dentre as leituras que eu tinha listado. Mas eu comecei a repensar o que estava fazendo e não estava pensando em continuar usando o quadro de votação. Então peguei a minha lista de livros e organizei na forma de leituras por mês. Acabou que o livro que foi mais votado foi o que eu deixei por último. Como eu mantinha o propósito de comentar sobre o livro mais votado, agora que terminei não poderia deixar de vir contar.
Ainda estou devendo uma resenha do primeiro livro que coloquei em votação. Tenho bastante material escrito mas não está finalizado. A proposta é continuar disponibilizando o quadro de votação com o que já está na minha lista de leitura e mesmo lendo todos, só vou comentar sobre os que forem votados ou os que eu julgar necessário.
Confesso que eu tinha uma apreensão em relação a este livro. Achei que seria uma leitura difícil e por isso reservei dois meses para a leitura. Eu já li um livro do autor, mas esperava algo bem diferente. Felizmente foi uma leitura até que rápida, fiz em cerca de uma semana. E me arrependi de ter demorado tanto tempo para ler.
Ensaio sobre a Cegueira conta um episódio de um homem que simplesmente cegou enquanto aguardava o sinal abrir. Só que tem duas coisas estranhas nesta cegueira: a primeira é que é uma cegueira branca, ao invés de ver tudo escuro como se tivessem apagado a luz, o cego enxerga tudo branco, como se estivesse ofuscado pelo excesso de luz. E a segunda coisa estranha nesta cegueira é que é uma doença altamente contagiosa. Mas que por algum motivo algumas pessoas não se contaminam.
O primeiro cego, após ser examinado por um médico, volta para casa. Este médico, intrigado com esta nova doença, fica estudando e acaba também cego, sem descobrir nada sobre a doença. Ao contatar as autoridades, estas os colocam em quarentena, mas pelo risco de contágio, ninguém fica exatamente perto. O resultado é que a epidemia continua se expandindo de uma forma alarmante.
Será que as cidades estão preparadas para uma população de cegos? Claro que não, tudo foi adaptado para socializar o cego, mas não para permitir a co-existência de cegos sem qualquer auxílio. E este é o principal conflito de todo o enredo.
Os cegos confinados estão sujeitos a regras e novamente somos levados a repensar os sistemas de gestão (entenda-se como forma de governo). Em alguns momentos não teve como não lembrar de "A Revolução dos Bichos". Mas não tem nada em comum, apenas o tipo de reflexão.
Tentei me colocar no lugar de algum dos personagens, mas é impossível saber como reagiríamos. De uma forma geral, os personagens são bastante realistas, mesmo o ser bom/ser mau não é estereotipado.
De uma forma geral, recomendo fortemente a leitura. Não considero uma leitura difícil em termos de linguagem do autor, mas tive alguma dificuldade em avançar no começo.
Estou um pouco desanimada com a minha lista de leituras pendentes e estou com dificuldades em segui-la. Já liberei um novo quadro de votação que não me ajudou muito. E mesmo esta resenha demorou meses para eu finalizar.
Estou lendo bastante e estou tentando manter as leituras nas minhas listas de metas. Também estou analisando todas as listas pendentes para parar de me impor desafios e simplesmente terminar o máximo de metas pendentes. Então estou voltando para as metas de 2014. Aguardem mudanças para 2018.

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