sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Alimentação na Gravidez

Existem muitos livros e artigos que tentam aconselhar sobre a alimentação na gravidez. Recomendo sempre dar uma olhada e ver o que pode aproveitar.
Uma coisa que me desgastava muito na alimentação é a culpa. Por que fazemos muitos exames que entregam como estão as suas taxas de glicemia, colesterol e etc. Também tem enjoos e azia que te fazem evitar alguns alimentos. E a verdade é que o paladar fica completamente alterado praticamente nos 9 meses. Também vale lembrar que as pessoas sempre querem que você coma por 2 e vivem reforçando o mito de que grávida tem que ter desejo. E se você não engordar muito vão falar que a criança vai nascer doente (e você vai se culpar por isso) ou se engordar muito além da bronca do médico você vai sentir ainda mais dores nas costas e nas pernas. Deu para entender por que não é fácil se alimentar?
Quanto mais normal for a sua alimentação, mais normal vai ser a sua gestação. Quer dizer, não se force a nada. Passar fome ou vontade te faz tão mal quanto comer demais ou só comer porcaria. 
As minhas dicas são completamente empíricas, não têm qualquer base científica (a não ser a tentativa e erro), mas não custa nada experimentar se já não sabe o que fazer. 

Fibras. Na primeira gravidez tive dificuldade em consumir fibras. Tanto as folhas cruas como os alimentos integrais me enchiam a boca de água e ficava com ânsia de vômito. Desta vez escolhi outra forma de ingestão de fibras, os cereais integrais matinal que tomo com leite (eu sei que é horrível, mas é o que está funcionando) e as frutas. Tenho consumido 3 a 4 porções de frutas por dia, às vezes mais. Algumas vezes troco um lanche ou uma refeição por uma grande salada de frutas e estou me sentindo bem.

Alimentos frios, por algum motivo caem melhor ao paladar. A maioria das grávidas comenta sobre a vontade e a satisfação de comer uva ou tomate. E sim, realmente são os que saciam mais e recomendo ter na geladeira durante toda a gravidez. Mas ao invés do sorvete, optei pela gelatina. Nos primeiros meses, me ajudou bastante a conter o enjoo. Fazia porções pequenas e ia comendo ao longo do dia. Uma caixinha preparada durava até uma semana.

Bebidas cafeinadas. Espero que felizmente não tenha o costume de fazer uso regular de bebidas cafeinadas. Eu sempre fui adepta do cafezinho pela manhã. Cheguei a trocar pelo chá, mas geralmente opto pelos chás preto ou o chá verde que são também ricos em cafeína e outros estimulantes. Consegui cortar completamente na primeira gravidez tomando suco de laranja ou de goiaba, mas desta vez não funcionou e tive muitas dores de cabeça. Indico tentar o café descafeinado da marca Melita. É leve, mas tem o sabor acentuado do café. Outra opção é trocar por um chá mate gelado. Energético ou refrigerante ricos em cafeína sugiro trocar pelo o chá gelado ou um refrigerante levemente gaseificado. Aqui também a grande dica é a moderação. Ao invés de banir, limitar a uma porção tão pequena quanto possível mesmo que esteja usando um substituto.

Carboidratos. São ótimos para conter a azia e diminuir os enjoo. Também são uma fonte de energia rápida para os momentos em que dá aquela fome fora de proporção. Novamente a minha dica é consumir porções pequenas e comer bem devagar. Não espere a fome diminuir para parar de comer senão vai comer um prato cheio de arroz ou um pacote inteiro de bolacha de água e sal. Então coma o carboidrato, mas devagar e espere um pouco o seu corpo reagir antes de voltar a comer.

3 horas parece muito para alguns mas pouco para outros. Tente manter um intervalo regular para a alimentação e evite que aquela fome avassaladora chegue. E tenha rotina para este horário mesmo aos fins de semana. Seu relógio biológico sabe contar o tempo.

Carne. Têm dias que parece impossível comer alguma porção de proteína, tem dias que dá vontade de comer carne crua e tem dias que você só quer comer ovo. Eu não conseguia comer carne vermelha e passava mal só com o cheiro. Ir para a cozinha preparar também era muito custoso. Tente focar mais no consumo de frango ou carne de porco se for o caso, e coma peixe bem cozido pelo menos uma vez na semana. Varie o cardápio e tente pratos novos para estimular o paladar. O bebê precisa muito de ferro mesmo que você já esteja tomando complexo vitamínico.

Se possível, busque auxílio de um nutricionista, experimente os alimentos e os tipos de refeição para ver o que funciona e ouça bem o que o seu corpo pede. Não deixe para resolver o que vai comer quando chegar lá e tenha sempre algum alimento "aprovado" a mão, esteja onde estiver.

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