segunda-feira, 21 de março de 2016

Tess of the D'Urbervilles

Este livro foi uma verdadeira provação. Tentei desistir várias vezes e voltei para o início outras tantas. Parei e retomei algumas vezes e em cada uma delas e em cada uma delas voltei várias páginas. Até sofri bullying por estar tentando ler em inglês. Mas posso dizer que não só sobrevivi como já estou planejando o próximo desafio.
A sinopse e as tantas resenhas que eu li contam os infortúnios que Tess passou, mas apesar de ela ser uma heroína como tantas outras mocinhas dos romances, ela não tem o seu mocinho como é esperado.
No começo imaginei que apesar de Alec ser o agente dos infortúnios, o amor por Tess era verdadeiro e ele iria se redimir. Em determinado ponto, acreditei que o perdão de Tess estava abrindo a possibilidade para uma relação verdadeira de amizade.
Mas Tess não acredita em sua redenção e acredita que seu pecado a condena. Tenta começar uma nova vida trabalhando numa fazenda onde faz algumas amizades, mas continua se sentindo diferente. E esse esforço por retomar a sua vida e continuar lutando é a principal característica de Tess, uma mulher trabalhadora.
Eis que Tess se apaixona pelo jovem Angel Clare, que é filho de pastor e se prepara para seguir os passos do pai. E Angel pede Tess em casamento. Depois de muito drama e "mimimi", Tess aceita e depois de vários desencontros, acaba contando seu passado ao marido logo após o casamento. Mas Angel não consegue conviver com a verdade e abandona Tess.
Não posso continuar contando a história, mas este ato de abandono também desconstruiu a meu ver a imagem de mocinho de Angel. E Tess continua amando-o, diferentemente de Alec, e vai em busca de sua redenção novamente. Esta determinação de Tess novamente a difere da maioria das meninas de sua época.
Eu não diria que essa é uma história de pecados como muitas vezes é classificada, mas uma história sobre perdão.
Os pais de Tess são como crianças inocentes, têm vários filhos, são pobres, mas não conseguem transplantar os bons valores para os filhos. Não são maus em índole, mas estão muito longe de conseguirem ser bons exemplos para os filhos.
Enfim, depois de toda esta jornada, eu esperava que Tess encontrasse a felicidade e a paz que sempre mereceu, mas a forma com que obteve esta conquista foi bastante peculiar. Não sei se gosto ou não.
Fiquei com várias sensações a respeito. Não consigo imaginar os desassossegos da personagem e não sei o que pensar da escolha do autor. Conheço muito pouco dele para tirar as minhas conclusões. Gostaria de conhecer um pouco mais.
Terminei um dos romances que mais me foram caros, atingi uma meta da minha lista e não sei quando haverá chance para uma próxima. Também representou uma das muitas leituras que estavam travadas e eu consegui terminar neste mês de março. Ainda tenho mais algumas leituras travadas e pensei que o término desta leitura me fizesse ficar sem vontade de ler. Por enquanto ainda está tudo bem.

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