Assim como a maioria dos livros que tenho lido este ano, é difícil saber por onde começar ou o que contar. Já faz uns dias que eu terminei de ler mas não estava conseguindo escrever.
Eu recebi o livro através da autora que entrou em contato procurando leitores que possam ajudar na divulgação e com isso publicar a obra através de alguma editora. Este book tour já está rolando faz um tempo. As edições de teste já estão gastas, mas o trabalho editorial não deixa a desejar para nenhuma obra das editoras. Recebi de um leitor e enviei para outro. Só tenho a agradecer a oportunidade de conhecer o livro.
Este livro conta uma história que começa no fim do mundo, ou no dia que o mundo deveria acabar: 21 de dezembro de 2012. Curiosamente, é este o dia do aniversário da Regina, personagem que começa a narrar o livro. Apesar de muitos não acreditarem na possibilidade do fim do mundo, receberam instruções através de sonhos de que seriam então duas vidas, uma até os 70 anos e depois dos 20 aos 100, totalizando então 150 anos. Não possibilidade de morte prematura. Então o que muda nas pessoas diante da certeza da morte com hora marcada?
Tem mais outra coisa, nem todos sobreviveram. Apenas alguns foram escolhidos para permanecerem vivos. Então o que tornou possível continuar? Vejam que são muitas as perguntas que nos fazem refletir.
A Regina é um exemplo da primeira geração: os sobreviventes que reaprenderam a viver. Os únicos capazes de lembrar de como era a vida antes de 2012. E ela faz parte de um grupo que precisa manter o segredo da vida (ou da morte). A segunda geração, representada pela neta de Regina: Larissa, cresceu neste novo mundo que não conhece dinheiro nem doenças e passa a conviver com a classificação utilizada: o TUV. A história ainda avança até a terceira geração: Vitória, filha de Larissa, que por sua vez está tão distante de tudo o que existia antes que está completamente adaptada ao modo de vida.
Esse TUV ainda tem um fator interessante e bem curioso: o Hapiness Book. Sim, algo semelhante a isso que você está pensando. E eu acho que retrata bem o que estamos vivendo.
Não vou tentar resumir a história porque seriam necessárias ainda mais explicações, o que deixaria o texto longo e cansativo. Se for de interesse, procure a sinopse divulgada ou outras resenhas. Também são muitos os personagens que poderiam ser apresentados em diferentes momentos.
A narrativa é bem escrita. Alguns momentos são mais cansativos e senti falta de algumas explicações, mas é bastante coerente. O conteúdo que é um pouco denso. O universo que a autora trabalhou de uma sociedade mais igualitária e as suas artimanhas poderia ser ainda mais explorado caso imagine uma continuação ou algo do tipo.
Os personagens tomam condutas muito diferentes e interpretam as respostas para aquelas perguntas que fiz livremente. E isso foi bastante rico.
Ah, e Mr. Queen é o pseudônimo utilizado por um dos personagens que apenas lendo a história é possível entender a sua relevância.
Loraine, obrigada pela oportunidade de conhecer a sua obra. Espero que tenha sucesso na publicação.
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