segunda-feira, 18 de abril de 2016

O que Eu Penso das Minhas Roupas

Uma coisa que eu fiz no fim do ano passado e me tirou um peso gigantesco das costas (mas na verdade me deu uma dor no ombro insistente) foi arrumar o meu guarda roupa. Fiz uma limpeza de tirar tudo e reavaliar peça por peça. Mais do que reavaliar as roupas que eu não usava há mais de um ano, reavaliei as roupas que eu estava usando ou deixando disponível para uso. De lá saiu uma sacola enorme de roupas que eu não queria mais. Incluindo roupas que não me serviam e eu não sabia se deveria esperar ou lutar para que um dia voltasse a caber, e presentes que eu não sabia se deveria tentar usar para não fazer desfeita ou passar pra frente como se fosse roupa usada e coisas desse tipo.
Uma das coisas reconfortantes desta arrumação foi descobrir que eu não precisaria comprar mais nada. Mas eu deixei para trás 3 rabos. São 3 aspectos que não estão bem resolvidos comigo mesma e resolvi não encarar de frente e deixar para outra ocasião. Quer dizer que foram grupos de peças que eu resolvi não mexer por enquanto, mas ainda preciso encarar e me organizar.
Bom, de lá pra cá aconteceram algumas coisas que me fizeram voltar a fazer compras. Não de forma excessiva. Quer dizer, ao tirar do armário as roupas que eu não queria usar mas acabava usando, comecei a perceber que eu gostaria de usar outras roupas. E fui procurar e comprar as roupas que eu sentia necessidades e complementavam as peças que eu tinha. Mas eu não sabia muito bem como guardá-las no armário já que não as tinha antes. A parte boa é que continuei tirando as peças do meu armário que haviam recebido um talvez e eu não consegui usar. E é um exercício que eu tenho continuado fazendo.
Este fim de semana, tive uma discussão por conta do guarda roupa e deitada para dormir entendi que um destes 3 rabos eu vou ter que encarar. Por ter mudado a forma de me vestir encontrei um meio termo entre algumas peças e vou ter que me desfazer daquelas que sei que são tanto faz. Apesar da limpeza e arrumação, eu só consegui me separar do que me cobria a visão. Ao trazer mais roupas para casa (muito menos do que a quantidade que mandei embora) percebi que ainda tenho muitas roupas que não me vestem. Tanto que continuo separando roupas toda semana. Quero aproveitar o próximo fim de semana sem compromissos, se é que isso existe e eu estou duvidando, para separar, lavar e costurar as peças. Depois colocar numa sacola e dar um fim. Isso vai me libertar do motivo de minha discussão e abrir uma porta para resolver um outro problema: o espaço para deixar as roupas usadas que posso usar de novo. 
Muitas destas roupas que preciso encarar são roupas que eu comprei por necessidade, que não eram exatamente o que eu queria. Parece que todas tiveram muita influência de outras pessoas. Mas novamente, mesmo que eu não esteja pagando por elas, não é porque a roupa cabe em mim que eu deveria usá-la. Muitas eu vejo que eu já usei bastante. Poderia dizer que usei delas tudo o que eu deveria. Eu quero muito me libertar e ser capaz de reduzir de 2 calçeiros para apenas 1.
Ainda tenho outros 2 rabos neste guarda-roupa. São uma prateleira praticamente intocada de camisetas e uma gaveta entupida e cuspindo pra fora de lingerie. Dependendo de como eu conseguir encarar o primeiro desafio posso me abrir aos próximos. E então devo conseguir dizer que gosto das roupas que eu uso. Coisa que hoje eu não conseguiria responder se eu gosto das roupas que uso.

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