quarta-feira, 27 de abril de 2016

Marianas

Antes de tudo um alerta: recebi este livro como cortesia do autor. Entretanto, esta resenha representa a minha opinião após a leitura como todas as outras que publiquei.
Minha primeira impressão, que me deixou bastante curiosa, foi não haver numeração impressa nas páginas. O livro não é muito grosso, mas uma das primeiras coisas que procurei e não achei de primeira foi a quantidade de páginas.
Infelizmente chegou num período muito difícil que quase não consegui ler. A pilha de leitura estava tão grande que tive que devolver tudo para a estante novamente.
Felizmente, insistindo bastante, não honrei muitos compromissos comigo mesma, mas terminei algumas das leituras empacadas e resolvi pegar este para ler.
Não foi uma leitura difícil, mas como foi uma cortesia do autor, tenho a necessidade de fazer uma leitura um pouco mais cuidadosa e criteriosa ao invés de lidar como mero passatempo.
Curioso que eu tenho visto bastante anúncio de experiência de pessoas, infelizmente muitas meninas, que estão adquirindo e usando caudas de sereia. É meio esquisito, mas também é curioso pensar o tanto que está na moda no momento que este livro me chegou às mãos. Claro que só estava faltando uma saga de sereias. Elas vivem no universo da imaginação, principalmente das crianças, e pouco foram exploradas até então.
Mas voltando para esta história, existe um viés científico na busca dos pesquisadores junto ao viés fantástico do enredo. O encontro destes seres é peculiar. Confesso que não esperava que conseguissem se comunicar como se falassem a mesma língua.
Jeremy é um pesquisador e mergulhador que quer desbravar o fundo do mar. Seu objetivo é confirmar cientificamente a existência de sereias. E numa de suas explorações em águas muito profundas é resgatado por Lícia por quem se apaixona. Lícia, apesar de ser uma das líderes dos ariatas, as sereias azuis, sempre sonhou encontrar um humano. Os ariatas são seres pacifistas, moldados pelo respeito ao próximo, a vida em comunidade e as pequenas alegrias da vida. Mas a chegada de Jeremy desperta uma verdadeira guerra entre os povos do mar.
Eu mudei de opinião várias vezes e tive dificuldade em descobrir o que eu mais senti falta. Por que eu fiquei o tempo todo com a sensação de "Será que a História é Só Isso?" Por outro lado, o tanto que me irrita quando parece que várias páginas poderiam excluídas de uma história porque nada acrescentam, eu não encontrei. E talvez seja isso que tenha me feito falta, as explicações e descrições que marcam as passagens do tempo e a evolução dos personagens.
As descrições das batalhas foram um tanto massantes, mas sei que elas têm seu público. Mas o ritmo geral é bastante intenso.
Não cabe contar mais sobre a história, mas durante a guerra acontece uma linda história de amor de seres muito diferentes.
Eu li e gosto bastante dos livros biográficos de aventureiros como os do Amyr Klink, também li "A Incrível Viagem de Shackleton" e imagino como deve ser passar dias e dias no mar. É muito cômodo tratar como alucinação as visões de seres marinhos que parecem sereias assim como também acontecem nos desertos e em outros ambientes inóspitos. Estou muito longe de acreditar em seres mitológicos, mas sei bem que a maioria dos mitos é um exagero e não uma completa mentira. O que eu quis dizer é que vamos ver ainda muitas destas histórias já que a exploração marinha ainda é considerada uma aventura e os oceanos são imensos.
O estilo de escrita é bastante agradável. E experiência do autor como jornalista facilita muito a organização do enredo e o desenvolvimento da história.
Em retribuição ao autor que gentilmente me enviou este exemplar, vou disponibilizá-lo para empréstimo para vocês, leitores. A proposta é fazer uma viagem com este exemplar que irá passear pela casa de vocês e depois volta para mim. 

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