sexta-feira, 24 de abril de 2015

E então nós temos 3

Desde 2012 estou tentando me reencontrar. Muita coisa mudou na minha vida. E finalmente percebo que as coisas começam a entrar nos trilhos.
Muitas das minhas metas estão relacionadas com coisas que eu sempre quis fazer e ainda não fiz ou coisas que eu me propus a fazer e não sei se quero fazer mais. Não deixa de ser uma busca por auto-conhecimento.
É incrível refletir que além disso, tudo o que vem acontecendo me traz novas mudanças.
Desde a gravidez meu padrão alimentar mudou. Depois que nasceu, para corrigir a alimentação abrimos mão de outros tantos alimentos inadequados para criança.
Os móveis da casa tiveram que ser adaptados, os objetos que estão pela casa hoje são mais brinquedos. Vários cantinhos mudaram completamente.
Mas a parte mais maravilhosa de tudo isso foi perceber, ao chegar aos 3, que apesar de poder voltar tudo como era antes, não vejo necessidade de assim fazer.
Eu acho que tive ganhos consideráveis com a alimentação. Ainda tenho vontade de comer um lanche ou um macarrão instantâneo, mas isso não entra mais na minha casa.
Ao abri os maleiros ou o depósito, revejo o que tive que guardar e muita coisa até prefiro dar ou doar.
As roupas que parei de usar por que não são práticas estou tirando dos armários. E até objetos de estimação quase nada representam.
Eu me vejo procurando de tudo isso o que eu quero guardar de lembrança destes primeiros 3 anos. Depois dos primeiros meses, diminuí muito a quantidade de fotos e vídeos. As roupas, objetos e brinquedos, ainda que eu queira guardar tudo, não teria porque se eu não puder aproveitar. E mais, acaba me inibindo a comprar coisas novas e lindinhas que irremediavelmente irei encontrar. E ainda que eu não compre, pode nunca gostar ou aproveitar. (E eu sei o que é ter um armário abarrotado e não conseguir vestir uma criança).
Mas esses 3 anos foram maravilhosos. Tanto as experiências, os aprendizados (meu e dela, uma com a outra) e as pequenas alegrias do dia a dia. Eu ainda sinto o desgaste das noites mal dormidas, as constantes negociações que terminam em birra, castigo e um carinho no colinho, o desafio de fazer uma criança comer e a culpa por não conseguir proporcionar todo o mundo que a criança quer (principalmente a presença do pai e da mãe). Mas tenho orgulho da pessoa que está sendo formada. E vejo que tudo isso está valendo a pena.
Esses foram apenas os primeiros 3, mas já representam muita coisa. Tudo o que mudou, foi para melhor. E todo o crescimento que me trouxe (egoísta de novo) foi valioso e indispensável. Ajudou a pensar primeiro em outro alguém antes da minha vida.
Quero descobrir que daqui a dez anos ainda estarei com esta sensação maravilhosa. Obrigada, meu tesouro!

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