Eu tenho convicção que apesar da bagunça, eu tenho me dedicado bastante para a organização da casa. Não tem sido pouco o que eu estou fazendo e, embora ninguém mais perceba, está um pouco diferente a cada dia.
Na semana passada, 10 e 11 de janeiro, eu limpei e separei um tanto de coisa nos banheiros, guardei em outros lugares e deveria ter ficado melhor. Essa semana ouvi: "Nossa, acho que tem menos coisa aqui por cima, está mais fácil de limpar!". É ótimo ouvir isso. Mas eis que meia hora depois deste comentário, guardando os produtos na bancada após limpar, um frasco foi para o chão. Era o único de vidro que ficava por cima. Já havia tirado todos os outros. Mas não havia o que fazer. Ele espatifou e espalhou perfume pelo chão. E odeio quando isso acontece. O frasco estava por cima para eu ter chance de usar. Confesso que uso pouco, mas era assim que tinha que ser mesmo, em pequenas gotas. Somos muito cuidadosos, mas às vezes em 15 minutos deixamos tudo para trás. Não estou procurando a culpa para x ou y, prefiro lidar como uma casualidade. Mas me incomoda pensar que não vou terminar com o perfume porque o frasco se quebrou e tive que jogar tudo fora. O meu consolo é que estava usado, tinha cerca de metade. E já era antigo. Mas eu queria ter o prazer de terminar assim como tantos outros que vim usando nos últimos anos.
Rolou uma discussão de: "isso aconteceu porque fica muita coisa por cima, coloca no caminho..." E não importa o motivo. "Fez com pressa, podia deixar para fazer depois, não precisava guardar neste lugar..." E eu não quero culpa ou justificativa. Preferia resolver do meu jeito, mas a vida resolveu por mim.
Para não parecer que fiz tempestade em copo d'água, no dia seguinte pela manhã foi outro pote que caiu. Desta vez de plástico, não quebrou, mas num chute abriu a tampa e vazou. A mesma pessoa era agente da ação e começou a mesma conversa: "Está fora do lugar, precisava dar um jeito nisso, não aguento tanta coisa espalhada..." com as respostas de sempre: "Podia tomar mais cuidado, sabia que estava aí, não é motivo para chutar..." E a lição é mesma. Com muitos "se..." não precisava ter acontecido. Com certeza em uma casa mais arrumada esse tipo de coisa acontece menos. Mas por outro lado, estamos arrumando pouco a pouco e não é motivo para estragar, destruir, jogar ou quebrar. Aconteceu.
Vou sentir falta. Posso pensar em comprar de novo mais pra frente se estiver dificultando o processo de assimilar a perda. Geralmente esse sentimento diminui e acabamos esquecendo. Dói mais nos primeiros dias.
O importante agora é interromper o ciclo. Não deixar que tenha um terceiro ou um quarto objeto. A solução é guardar o que puder ser guardado, intensificar o esforço de organização e passar a ter mais cuidado com os movimentos, principalmente os que são desnecessários.
As crianças podem e devem brincar. Fazem bagunças e espalham coisas. Depois tem que juntar, tem que guardar e esvaziar as superfícies. No dia a dia não dá tempo de fazer faxina, então tem que ser em seguida: acabou de brincar, já guarda antes de partir para a próxima brincadeira. Em casa não pode brincar com tudo ao mesmo tempo, não pode brincar na sala, no quarto, na cozinha e no banheiro ao mesmo tempo. Se espalha muito para brincar, perde muito ao guardar.
E esse fim de semana foi de brincadeira e algumas coisas estão fora do lugar. Quem sabe o quanto podemos fazer nesta segunda mesmo para diminuir a bagunça...
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