terça-feira, 17 de maio de 2022

Decisões Economicamente Acertadas

 Tempos atrás, quando começou a quarentena, tive que repensar os meus estoques de comida. Fazia um bom tempo que eu já não tinha estoque, apenas alguns produtos de reserva. Mas a obrigação de ter que sair de casa para comprar pão e leite a cada dois dias, e fazer compras de supermercado pelo menos uma vez na semana, me fizeram repensar se era uma boa escolha. 

Agora que tanto tempo se passou posso concluir que fizemos alguns ajustes mas o resultado foi positivo. Não precisei mudar nada drasticamente.

Vivendo num mundo de fake news, passei a observar muito os comportamentos para tentar antecipar tendências, sem que com isso tenha que arcar com custos de modernização.

Uma das decisões mais acertadas que eu tomei foi aceitar roupas usadas de outras crianças da família. Eu tenho pilhas enormes de roupas de vários tamanhos, e conforme as meninas vão crescendo, consigo aproveitar destas roupas que tenho em casa sem precisar comprar. Eu compro, mas muito pouco.

Desde o ano passado, quando precisei comprar outro computador, já fiquei de olho para ver quais os gastos maiores que eu poderia fazer para evitar complicações maiores. Desta forma começamos a monitorar preços de alguns eletrodomésticos para comprar numa promoção, antes de que os que estamos usando quebrar. A máquina de lavar roupa foi um deles. A minha já tinha mais de 10 anos e eu estava preocupada com os barulhos que ela vinha fazendo. A limpeza do tambor eu estava fazendo cada vez mais frequente e continuava juntando sujeira. Então compramos numa promoção como isenção de IPI. Foi uma melhoria porque peguei uma máquina que consome menos água e energia que a que eu tinha antes (de acordo com especificação do fabricante), o ciclo longo é mais curto, tem capacidade de carga maior e, por uma pequena diferença de preço peguei uma com tambor de inox. A limpeza também é mais fácil, o acesso ao filtro é bem mais prático. E considerando a inflação acumulada do período, não paguei tão mais caro do que quando comprei a outra anos atrás. Eu também poderia ter vendido a máquina velha, mas como ela já estava bem gasta preferi doar. Se fosse vender, seria mais por um preço simbólico. Apesar de ter gastado com a máquina nova, consegui economizar no consumo de água e energia. E diminuiu o tempo gasto com a máquina em operação, além do conforto por ser mais silenciosa. O aumento na carga foi suficiente para eu poder lavar edredom em casa ao invés de levar na lavanderia.

Outro eletrodoméstico que eu estive monitorando o preço para trocar foi a televisão. Também estava com cerca de 10 anos de uso, funcionava bem, era uma televisão para sinal digital, mas não era uma smartv. E um dos motivos que eu queria trocar era para poder cancelar a televisão por assinatura e trocar a operadora de internet. Quem consome mais televisão são as crianças, por isso precisava de uma solução que adequasse aos gostos delas. Com as mudanças recentes da operadora vínhamos usando cada vez menos a televisão a cabo, por isso, queria trocar por uma que aceitasse o serviço de streaming. A televisão antiga permite a conexão com serviço de streaming através do computador com cabo hdmi, mas quase que teria que deixar um computador exclusivo para isso já que a televisão também não tem conexão wi-fi. Nestes últimos 10 anos tanta coisa evoluiu que as soluções que usávamos pareciam ultrapassadas. E foi uma libertação não precisar mais pagar pelo serviço de televisão. E ainda estou vendendo a televisão velha que está em ótimo estado.

Existem muitas coisas que podem ser feitas para economizar. Uma delas é investir. Outra é ganhar mais. Mas a mais fácil de resolver é reduzir gastos. Como todo mundo reclama que odeia matemática, e fazer conta, geralmente não se esforça muito para reduzir gastos. Em alguns casos parece que o sacrifício não vale a pena. Por mais que para muitos neste momento a crise esteja passando, acho muito importante não comprometer imediatamente qualquer valor que tenha a mais por mês. Mesmo diante de uma sobrinha, se você imediatamente ajustar o padrão de vida para uma valor maior, não "sobra" nada.

Vale para qualquer um, mas principalmente para quem está endividado, pensar em meios de economizar. Às vezes (mas só às vezes, não é sempre) pode ser necessário gastar mais para economizar. O que vai te fazer economizar é comprar de forma inteligente. Pesquisar modelos de máquinas de lavar roupa por alguns meses e reservar dinheiro para fazer a troca numa promoção (uma black friday, semana do consumidor, primeira segunda feira do ano....) sai bem mais em conta do que comprar na pressa quando a máquina quebra e não dá pra consertar. No meu caso, ainda poderia ter vendido a máquina velha para abater no custo de aquisição de uma nova. E não fiquei um dia sequer sem máquina.  

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Coliseu Los Angeles

 Relutei em falar de automobilismo de novo, acho que não tem nada a ver com o conteúdo que eu coloco aqui. Mas pessoas são complexas e isso é outra parte de mim que existe e eu quero escrever sobre. Não vou criar outro blog. Só outro marcador.

Quando cancelei o plano de televisão a cabo fiquei apreensiva sobre como conseguiria acompanhar a Nascar sem assistir as corridas. Tentei contratar um plano específico para a Nascar, mas não achei que é melhor do que o que eu já tenho gratuitamente. Então estou tendo uma nova experiência com a Nascar este ano, acompanhando só com as câmeras instaladas nos carros e o placar atualizado em tempo real. E as provas, com narração, assisti algumas provas em reprises pelo youtube.

E vamos começar pelo começo. A temporada 2022 começou com a prova inaugural num estádio olímpico que sedia jogos de futebol americano. A cerimônia de apresentação foi mais grandiosa, acenderam a pira olímpica. Mas a pista é mais curta que as outras do calendário. Fiquei impressionada de terem conseguido deixar espaçosa. Mas só funcionou porque a quantidade de carros foi limitada, como sempre é em provas inaugurais. 

Para quem não conhece, essa prova inaugural não conta pontos, é só um show. Por isso, os destaques das temporadas anteriores fazem esta prova de apresentação. Então é uma prova que ninguém se preocupa muito em preservar o carro ou em garantir uma boa posição. Meio que é tudo ou nada. E geralmente começa grandes brigas nesta prova. São muitas bandeiras amarelas e vermelhas e um festival de batidas, já que todos se arriscam. E com a impossibilidade de realizar treinos regulares, a maioria dos pilotos e equipes estão destreinados. É um espetáculo.

Lembrando que, ainda por cima, neste ano a divisão principal está estreando um carro novo, relativamente diferente do modelo dos anos anteriores.

E já nas provas classificatórias a disputa foi grande. Assistindo com a narração americana, o pivô das batidas na segunda prova, última chance, foi Ty Dillon que saiu tocando em todo mundo e tentando passar por cima. Independente do resultado desta prova, e da temporada como um todo, Ty Dillon não participou da temporada 2021, apenas de algumas provas. E pegou um carro novo. Então, por melhor que ele fosse, o fato é que ele está sem ritmo, não tem muito o que possamos esperar que ele faça. Daniel Suárez e Bubba Wallace também sentiram esta perda de ritmo quando tiveram que ficar afastados de parte das provas da temporada.

Na prova principal foi meio frustrante que muitos pilotos que estavam bem tiveram que abandonar a prova por problemas no carro: mecânicos, elétricos, quebra, mas sem necessariamente ser por batida. Foi o caso do Denny Hamlin e do Tyler Reddick que eu estava com a impressão que fariam uma boa temporada.

Mas não surgiu nenhum gênio. Logano ganhou jogando quem podia para fora. Dedicou ao filho que estava para nascer (o terceiro!). E nenhuma briga começou nesta prova, embora o Kyle Larson tenha jogado o Justin Hailey no muro interno. 

Vai ser outra temporada agitada. 

domingo, 15 de maio de 2022

Crianças Aprendem o que elas Vivenciam

 Como muitos dos livros que eu leio não guardo para ler de novo, principalmente os livros de não ficção, em especial os de auto-ajuda, sinto a necessidade de guardar anotações sobre o que eu penso deles enquanto estou lendo. 

Este tipo de leitura também requer um tempo de reflexão entre um capítulo e outro. Então mesmo que seja pouco mais de 100 páginas, acho importante ler um pouco por dia e demorar 20 a 30 dias para finalizar a leitura. 

Geralmente fazia as anotações em um caderno, mas pouco tenho utilizado disso, mais para anotar citações que gostaria de ler de novo. Então vou fazer estas anotações aqui, parecido com as que faço para as revistas que leio.

Este não é um blog de maternidade, mas a maternidade me abriu uma série de sentimentos novos. Vejo comentários sobre alguns livros que as pessoas não conseguem se ver no lugar da mãe, não se apegam aos personagens. E isso é tipicamente o comportamento de pessoas que não tem filhos, adolescentes ou jovens adultos que optaram conscientemente por não ter filhos. Essa capacidade de se colocar no lugar da mãe e da criança numa obra de ficção e tentar entender os sentimentos de cada um dos personagens, você só consegue entender depois de viver a experiência da maternidade/paternidade (o que não quer dizer colocar um filho no mundo, tá?! Tem muita mãe e pai por aí que não viveu a experiência).

Felizmente sempre fomos adeptos de buscar a felicidades dos filhos sem entregar tudo para eles. Garantindo que saibam tomar as melhores decisões, tenham uma boa compreensão do mundo e se sintam livres para serem o que são. Então, a minha expectativa com este livro estava apenas nas situações que ainda não achamos uma maneira boa de lidar.

Resumindo o livro, a autora divulgou um poema que escreveu cujo título do poema se tornou o título deste livro. Ao longo do tempo, algumas pessoas, ávidas a disseminar o que é bom, distorceram o que a autora trabalha nos cursos de pais que oferecem (o tipo de coisa deveria estar associado a serviço social, mas que no Brasil só existe em algumas igrejas dentro da escola dominical, focado apenas na moral). E cada capítulo do livro trabalha com um verso deste poema, explicando melhor o que a autora gostaria de passar com cada verso.

Acho que um dos conceitos principais é o respeito à criança. Não precisa tratar a criança como um adulto, mas é importante fazer com que ela se sinta notada e participe das decisões que a afetam (mesmo que seja decidir o que vai comer).
Outro aspecto que não damos importância é o nosso medo. Mesmo que seja o medo racional de perder a vida, perder as pessoas queridas, perder a criança, quanto menos a criança perceber esse medo, menor a chance de ela ter seus próprios medos. E não ser ridicularizada por seus medos, mas encontrar meios que ela se sinta segura diante das situações amedrontadoras. Tenho vivência de um pai medroso e uma filha medrosa. Então pude exercitar os dois lados. O pior é que a mesma filha medrosa, também é tímida. Então requer um cuidado muito grande para fazer ela se socializar. Ela precisa de muita ajuda para se adaptar à vida em sociedade.
Também debatemos um aspecto relevante que temos em casa sobre a gratidão. Meu marido sente a necessidade de ser valorizado por seu esforço para a família e sente que as crianças não reconhecem e não são gratas. Estamos tentando uma nova abordagem, sugerida pelo livro de sempre reforçar na entrega que ela representa um esforço para tentar tocar o coração delas.
Outro aspecto que precisamos trabalhar com a mais velha é a questão da culpa. Ela sente muita necessidade de pedir desculpas quando alguém a corrige, e sofre com isso. Mas não percebemos nela o esforço para tentar não errar. E isso não é bom. Estamos tentando entender como podemos aliviar essa "culpa" e de onde ela vem para encontrar outra maneira de lidar com as correções, já que ela precisa ser orientada e corrigida diante de suas falhas.
Em seguida tem capítulos sobre medo, sobre paciência, confiança, elogio, aceitação. O grande medo da maioria dos pais, é tornar as crianças mimadas, ao tentar ensinar a ter amor próprio. Criança é muito dependente de carinho. E dar carinho não quer dizer fazer todas as vontades. Achar este equilíbrio tem sido o grande dilema dos pais. Mas em muitos casos, o que precisa é ouvir e orientar, dar atenção, incentivar para que as crianças encontrem a melhor solução. E sintam a importância do seu papel na família, fazendo parte das decisões tomadas.
Os capítulos finais, talvez sejam voltados para sentimentos que não costumamos nos preocupar muito, mas refletindo um pouco, acredito que seja possível garantir também mais este aprendizado. Falam sobre bondade, segurança, generosidade, reconhecimento, sinceridade e senso de justiça. O problema da mentira é um ponto bem polêmico. Acho que não tem criança que não passe por esta fase de mentir ou omitir para não levar bronca. E a postura dos pais é determinante para desenvolver um mentiroso compulsivo e a quebra de confiança. No dia que você perde a confiança, também perde a capacidade de educar e influenciar positivamente esta criança. Tivemos alguns problemas com o senso de justiça. Cada vez que "as regras" mudavam ao longo do jogo, a criança se sentia traída e se recusava a participar. Foi expulsa de jogos, brincadeiras e até colocada para fora da sala por contestar a autoridade que agia injustamente. E mesmo entendendo o lado da criança e do adulto, não foi fácil que ela entendesse que às vezes a justiça não está em cumprir "as regras", mas em fazer o que será melhor para o grupo. Para eles só existe o certo e o errado, então descumprir um combinado é errado.
Outra coisa que eu me esforço bastante para ensinar é a empatia. Boa parte dos conflitos que as crianças passam, principalmente fora de casa, onde os pais não estão por perto para resolver, ou não podem se intrometer, podem ser resolvidos com a empatia. Procuro sempre pedir para tentar entender o outro lado do conflito e estimular que se posicione diante da situação dentro do contexto da personalidade do outro. E desta forma é mais fácil aceitar o resultado do conflito e imaginar outras soluções. Mesmo que nem tudo fique resolvido, em muitos casos melhora a convivência.
O livro é bem curto e tem muitos exemplos de meia página. Ninguém largaria uma situação para correr para ler e depois resolver o que fazer. Acho que a leitura pode ser uma inspiração para tentar ter o discernimento para tomar a melhor atitude, quando necessário. Intuitivamente sei que escolhi atitudes que inclusive me surpreendem. E este tipo de livro é uma forma de você ter algum "conhecimento" que te ajude a ter a melhor atitude "intuitivamente" quando necessário.

sábado, 14 de maio de 2022

Os Sapatos de 2021

Quando peguei o inventário para fazer em 2022 e refleti por como foi em 2021, fiquei surpresa por estar na mesma. Mas pegando o texto que publiquei com os Sapatos de 2020, praticamente fiquei na mesma também. Não sei como vai ser em 2022. Só tenho a certeza que não vou voltar a trabalhar presencial e dirigir todos os dias, então não preciso mais usar sapatos na mesma frequência de antes. Então preciso ainda mais diminuir a quantidade que tenho e dificilmente irei precisar comprar mais alguma coisa. O que pode acontecer é minha filha pegar algum sapato meu para usar e resolver ficar para ela, mas não acredito que vai acontecer com a quantidade e variedade que eu tenho.

O que Entrou:
Mal precisei usar os meus sapatos. Quanto mais desgastá-los a ponto de precisar substituir.
Eu comprei sapatos para as meninas. Foram 2 tênis para uma e um tênis e uma sandália para a outra. Pensando friamente, poderia ter deixado passar e não comprar nada. mas a necessidade das crianças é diferente da nossa e, algumas vezes é emergencial. Então acabo comprando um pouco antes de precisar e vou prorrogando o uso o quanto posso.
Total: 0 (4)

O que Saiu:
Não cheguei a descartar nenhum calçado. Meu total do inventário está exatamente igual. 
Só que, presença constante por aqui, esta bota de cano médio está cada vez mais gasta, podendo rasgar a qualquer momento. Forte candidata a não resistir mais um ano e ter que ser descartada.
Outro porém desta resistente bota é o assédio da minha filha por usar. Acho que de todos os calçados que tenho, este seria o único que eu deixaria que ela usasse sem culpa. Não só porque já está gasto e não tenho medo dela estragar e eu ficar sem, como pelo modelo que eu acredito que seja confortável para a idade dela, mesmo que eu insista em usar de preferência tênis.


E o outro calçado que eu vou colocar no quase, mas na verdade não estou pensando em descartar é a sandália que eu escolhi para usar em 2021.
Ele não está tão gasto assim, mas o solado está começando a manchar e ficar deformado pelo uso. Confesso que usei pouco. Se eu tivesse usado mais, não teria durado o ano todo. Tem grande chance de não persistir por todo 2022. É só uma antecipação dos próximos capítulos.


O terceiro calçado que eu usei muito em 2021 mas não está perto de descarte é o tênis que eu já mostrei antes.
O solado já está um pouco gasto e a parte colada está começando a soltar. Mas não a ponto de precisar colar. 
Eu meio que me arrependo de ter comprado este tênis. Depois me dei conta que não precisava ter comprado e podia ter esperado um tempo. Então acabei usando dois sapatos com proposta semelhante.
E quando eu tiver que descartar, eu consideraria comprar outro. Desde que eu esteja usando bastante e não tenha nenhum outro em condições de substituir.
Total: 0 (+2)


Balanço:
Está caindo a ficha que eu não deveria ter mais sapatos com algum tipo de salto que eu não consiga mais usar. E a realidade é que antes eu usava pouco, mas agora, provavelmente eu nem consigo ficar com eles no pé. Então tem grande chance de eu tirar muita coisa no próximo ano.
Por enquanto eu mantive o meu total igual, 29, mas estou com espaço suficiente em todos os nichos. Se eu tirar mais alguns, posso pensar em esvaziar mais uma gaveta.
E o espaço que eu esvaziei em 2020 ainda está do mesmo jeito. Consegui colocar mais um item em uso, mas realmente uso muito pouco. Poderia aproveitar melhor o espaço.
Total: 0

Não sei se continuarei fazendo inventário dos meus calçados, mas provavelmente ainda farei até conseguir esvaziar mais uma gaveta. 
Ficarei mais feliz quando tiver por volta de 18 calçados, mas isso ainda leva tempo.