Sempre tive um enorme preconceito com livros de Auto-ajuda. Por definição, o auto-ajuda deve ser simples e proporcionar uma reflexão, então eu não preciso ler.
Em 2008, muita gente achou que eu estava muito desequilibrada e precisaria de ajuda. Mesmo sem acreditar resolvi experimentar algumas coisas, terapia, relaxamento, ioga e me aventurei com os primeiros livros de auto-ajuda. Precisava saber se era apenas preconceito.
Eu li diferentes coisas. Acho que o primeiro foi "O Segredo", mas achei fraco. Comparando com os livros de Paulo Coelho, "O Diário de um Mago" traz quase a mesma mensagem mas na forma de romance.
Na verdade, o primeiro foi "A Meta", mas é considerado livro de administração. Por ter feito (ou quase) mestrado, precisei consultar muitos livros de administração para abordar a minha proposta de trabalho e entendo que dentro da Administração, os livros de Auto-ajuda são muitos. Outro exemplo é a obra do mesmo autor de "A Meta", A "Corrida pela Vantagem Competitiva", é puro auto-ajuda.
Acho que se eu for enumerar, vergonhosamente serão muitos. Recentemente li "Quem Mexeu no meu Queijo", que é um livro típico para sala de espera. Você começa e termina numa sentada. E tem um que é parecido e baseado na obra (pra não dizer outra coisa), "Quem comeu a minha Goiabada" que é ainda menor e menos interessante.
Para terminar a série de auto-ajuda que eu já li, preciso comentar o famoso "Homens são de Marte e Mulheres são de Vênus", inclusive referenciado em "O Diário de Bridget Jones". Nesta linha de auto-ajuda em comportamento e relacionamentos, não funcionou muito o "Homens são..., mas depois insisti em "Porque os Homens Fazem Sexo e as Mulheres Fazem Amor" e o reserva "Porque os Homens Mentem e as Mulheres Choram". Entre esses dois, não tem diferença. Aproveitei melhor o que eu li primeiro. Mas não existe isso de lembrar do que diz o livro e mudar o comportamento.
Alguns livros acabam entrando em discussão na sessão de psicoterapia. "O Monge e o Executivo" foi um deles. Essa história de mudança de comportamento não é exatamente como está descrito no livro, do contrário, não precisava de centro de recuperação de drogados, ébrios, etc.
A lista ficou maior do que eu imaginava e nem citei todos. O que eu posso concluir da minha pequena experiência com esses livros é que: a leitura é muito chata e para valer a pena perder tempo é preciso refletir. A verdadeira lição ou aprendizado que se leva não está propriamente no que está escrito, mas como se direciona o processo de auto-compreensão e mudança, pois não existe fórmula de sucesso. Todas as regras que são descritas são puro lixo. Como você aproveita a informação só quem lê poderá concluir.
Por fim, se eu recomendo algum desses livros? Sim, até tenho alguns para emprestar. Mas nunca veja um livro de auto-ajuda como uma cartilha de comportamento como o livro diz para fazer.